Nesta quarta (3), a direção do Sintaema realizou ato na porta da unidade da Sabesp Costa Carvalho para denunciar as consequências da privatização da Sabesp imposta pelo governo Tarcísio de Freitas: demissões em massa, assédio contra os trabalhadores e trabalhadoras, água suja chegando às torneiras, falta de funcionários para o atendimento e dezenas de cidades sofrendo com a falta de água. E, como sempre, quem mais sofre é a população mais vulnerável.
O ato, contou com a participação de trabalhadores e trabalhadoras de Lins, Tupã, Piraju, Itatiba, Mococa, Assis, Monte Alto, Litoral Norte, Presidente Prudente, Tatuí, Itapetininga, Botucatu, além da capital e da Grande São Paulo, que se uniram para denunciar os efeitos perversos da privatização.
Também estiveram presentes companheiros do Sintius, da Baixada Santista, que sofrem com as demissões na Baixada Paulista e reforçaram a denúncia contra a onda de desmonte.
“O ato de hoje mostra à categoria que o Sintaema está em movimento, na linha de frente da luta em defesa dos direitos e dos empregos. Estamos organizados para fiscalizar e denunciar qualquer violação ao direito universal de acesso à água e ao saneamento de qualidade”, reafirma José Faggian, presidente do Sindicato.
Sempre ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras da água, esgoto e meio ambiente, o madanto da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB/SP) marcou presença no ato, reafirmando a luta em defesa dos direitos da categoria e da garantia do direito universal ao acesso à água e esgoto de qualidade.
Durante a atividade, as falas foram de denúncia. A população aproveitou para dar seu recado: nas periferias, a realidade é cruel. Falta de água, fornecimento de água suja e contas abusivas que chegam a R$ 20 mil ou R$ 30 mil. É o povo sendo explorado para enriquecer acionistas privados.
Privatização afeta meio ambiente
“A cena de esgoto sendo jogado diretamente no rio Tietê é prova da gestão criminosa tanto do governador Tarcísio como da Equatorial”, afirmou os trabalhadores e trabalhadoras da CETESB que participaram do ato. E diante desse quadro, o que disse Tarcísio? Que é apenas um “efeito colateral terrível”. Mas não é “colateral”: é o resultado direto da privatização.
Em Piraju, a situação é ainda mais grave: um verdadeiro “rio de esgoto”, alvo de ação do Ministério Público seja pelo risco de contaminação da população, seja pelo crime ambiental.
Mundo vai em outra direção!
Enquanto o mundo inteiro reconhece os erros das privatizações e reestatiza empresas de saneamento e energia para garantir qualidade e tarifas justas, São Paulo segue na contramão, entregou a Sabesp ao capital privado e deixou a população à mercê da sede e da exploração da Faria Lima.
O Sintaema segue firme ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras e da população paulista, denunciando o projeto privatista de Tarcísio de Freitas que destrói direitos, precariza serviços e ameaça o meio ambiente, e os efeitos que a gestão privada da Sabesp impõe aos trabalhadores e trabalhadoras e ao povo de São Paulo.
Água não é mercadoria!