Com as bandeiras pela vida acima do lucro, os trabalhadores essenciais deram seu recado ao governo estadual sobre suas maiores reivindicações neste momento de pandemia na tarde de hoje (10): a garantia da manutenção dos acordos coletivos até que um novo seja celebrado, testes da covid-19 para todos os trabalhadores, prorrogação da quarentena, contra a retirada de conquistas e contra qualquer demissão.
Trabalhadores da Sabesp, metroviários, eletricitários da Emae, CPTM, engenheiros e Fenatema se manifestaram em meio à pandemia do novo coronavírus por estarem na linha de frente na prestação de serviços fundamentais à população, portanto precisam de proteção e garantia de direitos, é o mínimo que o governo deve fazer neste momento.
O ato começou em frente ao Palácio dos Bandeirantes e foi deslocado para as proximidades devido orientação da Polícia Militar por ali ser uma área de segurança, porém isso não impediu que os companheiros lutadores abaixassem suas bandeiras, ao contrário, continuaram firmes no protesto e reivindicaram uma reunião com representantes do governo.
Porém, o governo, que naquele momento transmitia uma entrevista coletiva, não enviou nenhum representante para receber os dirigentes das categorias. O ato também foi em protesto às demissões de metroviários da Via Quatro e de trabalhadores da Latam.
“Queremos que o governo dê atenção às categorias essenciais e abra o diálogo. Queremos proteção para todos, garantia dos acordos, prorrogação da quarentena e testes em massa, os trabalhadores essenciais estão na linha de frente nesta pandemia”, disse o diretor de imprensa do Sintaema, Rene Vicente. “Não queremos negociações nocivas, com retiradas de direitos”, concluiu.
“É inadmissível que os trabalhadores retornem ao serviço sem fazer testes, pessoas com idade avançada e comorbidades”, ressaltou o companheiro Chicão, presidente do Sindicato dos Eletricitários.
Vale frisar que o ato foi consciente, pacífico e com todas as medidas de proteção necessárias, apenas com representantes dos sindicatos para não haver aglomeração e sim o devido distanciamento, todos de uso de máscaras e porte de álcool em gel.
Embora não tenham sido recebidos, os sindicatos mostraram ao governo que mesmo com a pandemia a disposição de luta em defesa de todos os trabalhadores continua!
A vida acima do lucro! Estamos juntos