A privatização da água é uma questão que afeta profundamente a vida de mulheres em comunidades ao redor do mundo. A água é um recurso essencial para a vida, não apenas para beber e cozinhar, mas também para a higiene pessoal, a produção de alimentos e a manutenção de um ambiente saudável. Quando a água se torna uma mercadoria controlada por empresas privadas, as mulheres muitas vezes enfrentam impactos desproporcionais e negativos em suas vidas diárias.
Acesso restrito e custos elevados: Com a privatização, o acesso à água potável muitas vezes se torna mais restrito e caro. As mulheres, que frequentemente são as principais responsáveis pela coleta de água em muitas comunidades, podem enfrentar dificuldades adicionais para obter acesso a água limpa e segura para suas famílias. Além disso, o aumento dos custos pode significar que as mulheres precisam gastar mais tempo e recursos financeiros para garantir o acesso a água adequada, o que pode impactar negativamente sua saúde e bem-estar.
Impacto na saúde e higiene: A falta de acesso adequado à água potável pode ter sérias consequências para a saúde das mulheres e de suas famílias. As mulheres muitas vezes são responsáveis pela preparação de alimentos e cuidados com a saúde da família, e a falta de água limpa pode levar a um aumento de doenças transmitidas pela água, como diarreia e infecções. Além disso, a falta de acesso a água para higiene pessoal pode aumentar o risco de doenças relacionadas à falta de saneamento adequado.
Impacto no trabalho não remunerado: As mulheres frequentemente são as principais responsáveis pelo trabalho doméstico e de cuidados não remunerados, e a falta de acesso à água potável pode aumentar sua carga de trabalho. A necessidade de coletar água de fontes distantes ou de enfrentar longas filas em pontos de distribuição pode consumir tempo e energia que poderiam ser dedicados a outras atividades produtivas ou ao descanso e lazer.
Vulnerabilidade à exploração: Em muitas comunidades, as mulheres são as mais vulneráveis à exploração e abuso quando se trata de acesso à água. Em situações em que a água é controlada por empresas privadas, as mulheres podem enfrentar assédio ou coerção ao tentar garantir acesso à água para suas famílias. Isso pode aumentar sua vulnerabilidade e limitar sua capacidade de proteger a si mesmas e a suas famílias.
Diante desses desafios, é fundamental que as políticas relacionadas à água levem em consideração o impacto específico que a privatização pode ter na vida das mulheres. Isso inclui garantir que as mulheres sejam consultadas e envolvidas em processos de tomada de decisão relacionados à água, além de implementar medidas para garantir o acesso equitativo à água potável e saneamento básico para todas as pessoas, independentemente de seu gênero ou condição socioeconômica. Ao reconhecer e abordar essas questões, podemos trabalhar para garantir que a água seja tratada como um direito humano fundamental e não como uma mercadoria sujeita à lógica do lucro.
Por isso nesse 08 de Março, mulheres de todo o Estado de São Paulo estarão nas ruas contra as privatizações. Na capital o ato está marcado para o Masp às 17h.
Venha para ruas, é pela vida das mulheres, pela democracia e contra as privatizações de Tarcísio.
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