Home Destaque Risco à vida | Mais uma região de SP denuncia água suja...

Risco à vida | Mais uma região de SP denuncia água suja saindo das torneiras

Os recentes casos de abastecimento de água contaminada em diferentes regiões da capital comprovam o que o Sintaema alertou pro décadas de resistência e luta: a privatização da Sabesp coloca em risco a saúde e a vida do povo paulista.

Reportagem exibida pela TV Globo, no telejornal SPTV,  nesta quarta (5), mostra moradores da zona sul de São Paulo recebendo água escura, com mau cheiro e gosto de esgoto nas torneiras. A região é abastecida pela represa do Guarapiranga, e os próprios moradores — muitos com mais de 40 anos de residência no bairro — afirmam que nunca viveram situação semelhante antes da privatização.

Não se trata de um caso isolado. Em outubro, o Sintaema denunciou outro grave episódio na Barra Funda, zona oeste da cidade, onde famílias enfrentaram duas semanas de abastecimento contaminado, com odor forte de esgoto. O problema foi tão severo que diversos moradores precisaram ser hospitalizados com sintomas de infecção intestinal, febre e cólicas intensas.

Laudos independentes realizados por um síndico apontaram a presença de bactérias perigosas na tubulação, capazes de provocar doenças graves e até a morte. Mesmo após as denúncias e pedidos de socorro, a Sabesp se limitou a dizer que não encontrou irregularidades, ignorando o sofrimento e o risco vivido pela população.

Os fatos mostram que o sucateamento e a precarização do serviço público são consequências diretas da lógica privatista: redução de equipes, perda do capital intelectual, cortes de investimento, terceirização irresponsável e foco no lucro, não na vida.

O Sintaema reforça que água é um direito, não uma mercadoria. A política de privatização imposta pelo governo Tarcísio de Freitas, travestida de “modernização”, está comprometendo a qualidade do serviço e ameaçando a saúde pública.

É preciso denunciar, resistir e lutar para que os serviços de saneamento sejam prestados pelo Estado, sob controle social, garantindo um serviço seguro, universal e de qualidade para toda a população.