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Trabalhador terceirizado morre soterrado em Cotia

Quantos mais morrerão até que a Sabesp acorde? No dia 9 de março um trabalhador da terceirizada Engeform morreu quando realizava serviços de manutenção em uma tubulação de esgoto. A vala sem escoramento desabou rompendo a rede de água e soterrando a vítima. O Sintaema esteve no local e constatou a ausência de escoramento, fato esse que leva a acidentes fatais e que é muito comum em obras de empreiteiras contratadas pela Sabesp. Até quando a Sabesp vai permitir que tantas vidas sejam ceifadas por conta da precariedade dos serviços terceirizados, pela ausência de proteção e segurança aos trabalhadores dessas empresas, pela falta de fiscalização necessária por parte da própria Sabesp? Este jornal por diversas vezes noticiou acidentes, quase sempre fatais, que ocorrem em obras, sem contar as péssimas condições de trabalho, higiene e segurança nos canteiros, mas a Sabesp parece fazer vista grossa a todos esses fatos. Quantos mais morrerão para que a empresa pare com essa prática maléfica da terceirização? Frente ao lamentável episódio o Sintaema acompanhou a audiência entre a Sabesp e o Ministério Público sobre o caso, no último dia 23, quando ficou definido que a Sabesp tem 20 dias para apresentar o contrato com a empreiteira e o relatório sobre as causas do acidente. Na ocasião, o Sintaema expôs os problemas que a terceirização vem causando, o aumento de acidentes com o aumento da terceirização e o não cumprimento do procedimento interno para dirigir veículos. A Sabesp também deverá apresentar um relatório com os acidentes graves e fatais nos últimos três anos, tanto nas empreiteiras quanto na própria empresa, além de se empenhar para fiscalizar mais as obras e cobrar o mesmo das terceirizadas. A próxima audiência será em abril, e vale ressaltar que o Sintaema continuará acompanhando esse processo no geral, inclusive vai percorrer as áreas em todo o Estado para fazer um levantamento paralelo dos acidentes.