A Sabesp vem promovendo um show de terceirizações, inclusive em áreas extremamente importantes e específicas, como no transporte e armazenamento de produtos químicos. Primeiro foi com o gás cloro, agora é com o flúor e o hipoclorídio de sódio. Desativaram a Sabesp da Leopoldina, onde se concentravam esses serviços, e alguns trabalhadores foram para a ETE Barueri, onde o galpão onde estão está em condições precárias, conforme as fotos abaixo. Ou seja, terceirizaram os serviços de uma unidade que durante 36 anos desenvolveu suas atividades sem falhas, com profissionalismo e responsabilidade distribuindo os produtos químicos para todas as estações de tratamento de água e esgoto no Estado. Esta situação é preocupante, principalmente porque o sindicato recebeu informações de que as empresas contratadas não têm experiência no ramo e o transporte estaria fora da legislação. Frente a isto o Sintaema vai apurar e se as informações forem procedentes vai acionar o departamento jurídico para analisar a possibilidade de entrar com uma ação no Ministério Público e denúncia à Promotoria do Estado. Trabalhadores se desdobram Nesse período de chuvas intensas muitas instalações da Sabesp foram danificadas por causa das inundações, e muitas bombas deixaram de funcionar, além de represas que transbordaram e outros problemas. Para sanar a situação, o presidente da Sabesp disse ao jornal Estadão do dia 28 de janeiro (Caderno 2, “Direto da Fonte”) que dobrou o pessoal de manutenção, mas o que o Sintaema viu não foi bem isso. Vimos companheiros de outras áreas “se desdobrarem”, trabalhando em dois turnos. Afogamento na lagoa No final da tarde do dia 8 de fevereiro um jovem de 16 anos morreu afogado em uma das lagoas que fica nas dependências da ETE Barueri. A área, que é aberta e desprotegida favorece a entrada de pessoas, e, com o calor, muitos querem nadar no local, por isso requer uma vigilância, mas, de acordo com informações, havia vigilância 24 horas no local feita por guardas, mas a Sabesp tirou essa segurança há cerca de dois anos. Também não havia qualquer sinalização para não nadar ou pescar. Ou seja, a política do governo/Sabesp é tão nefasta que reduz custos em locais onde não deveria. Se ainda houvesse um guarda no local talvez essa tragédia não teria acontecido. Jardim Pantanal: de quem é a culpa? Nas propagandas do governo ele não se cansa de afirmar que tem está trabalhando pelo povo, mas deveria acrescentar que está trabalhando muito mal, exemplo disso é a situação do Jardim Pantanal, onde muitos de seus moradores ficaram mais de dois meses convivendo com água suja em suas portas por causa da brilhante decisão do governo em alagar o local, além de reduzir o orçamento para combate às enchentes. A culpa é da chuva, de São Pedro, dos moradores, menos do espetaculoso governo Serra. Esse lamentável e revoltante episódio ficará como uma das marcas desse governo. Embora as chuvas estejam realmente muito fortes e com grande intensidade deveria haver um melhor planejamento. A luta será árdua Por todas essas questões e fatos expostos será fundamental a união e mobilização dos trabalhadores para lutar contra os ataques que ainda virão do governo Serra/Sabesp, pois sabemos que somente com organização e combatividade teremos um cenário mais favorável.