Contrariando seus discursos de campanha e manifestações em debates, em especial no 2º turno das eleições, o presidente Lula levou à leilão a concessão das rodovias federais à iniciativa privada, golpeando seu eleitorado. A contrariedade se torna mais gritante quando o mesmo Lula anuncia a intenção, através do PAC, de investir algo em torno de R$ 520 bilhões em infra-estrutura. Em nome de um investimento de R$ 10,6 bilhões com direito à cobrança de pedágio, o governo federal ignora os investimentos realizados com o dinheiro da população ao longo dos anos, inclusive das contribuições compulsórias destinadas para melhoria das estradas e rodovias. Enquanto Lula transgride sua plataforma e programa de governo, trabalhadores e sociedade, conscientes do papel do Estado e para que deve servir um governo, se mobilizam e criam o movimento de resistência que o momento exige para fazer valer bandeiras históricas da classe trabalhadora, com prevalência para o interesse social e não ao privado.