Trabalhador francês expões as estratégias das multinacionais para abocanhar o setor de águas no mundo Com o apoio do ATTAC, Campanha contra a Alca, IMG, Rebrip e SEESP, o Sintaema promoveu no dia 8 demarço a palestra “Vivendi-Veolia e suas estratégias de privatização da água no mundo” com o autor do livro “Águas de Vivendi – Verdades Inconfessáveis” Jean Luc Touly, sindicalista e trabalhador da multinacional francesa Vivendi. Touly explicou como a Vivendi e a Suez transformaram-se gigantes, multinacionais que espalham-se pelo mundo através de filiais e querem a todo custo abocanhar o setor de águas, visando o lucro em detrimento do social. O sindicalista frisou que estas empresas, para alcançar seus objetivos, corrompem trabalhadores, financiam empresas de comunicação e até mesmo entidades filantrópicas pelo mundo, com o intuito de preparar o terreno para se instalarem e aos poucos irem dominando o setor. Guerra das Águas em Cochabamba foi exemplo de luta e resistência Para falar sobre o exemplo de resistência contra a privatização da água, trouxemos Maria Esther Udaueta, boliviana integrante da Comissão para a Gestão Integral da Água na Bolívia. Udaueta compôs o movimento que mobilizou o povo contra a empresa privada que se instalou na Bolívia para gerir os serviços de saneamento e aumentou as tarifas em mais de 200%. O abuso e a falta de transparência no contrato revoltaram a população, que, em 2002, se rebelou e exigiu do governo a rescisão com a empresa, movimento este que ficou conhecido como “A guerra das Águas”. Representando a Internacional de Serviços Públicos- ISP, trouxemos Jocélio Drumond, que expôs a Plataforma da Água, 10 pontos importantes que foram objetos de consenso no último Fórum Social Mundial na defesa da gestão pública da água, e que virou um documento uno a ser difundido mundialmente. Somente com muita união dos movimentos sociais, das entidades representativas e da conscientização da sociedade poderemos lutar e barrar este predador processo de privatização da água, um bem público e essencial à vida que querem transformar em ‘artigo de luxo’
