Sabesp automatizou demais e as ETAS na RJ têm problemas que somente os trabalhadores conseguem resolver, porém quase não há mais mão de obra para isso.
Por falta de mão de obra própria (instrumentista, eletroeletrônica, eletromecânica e outros técnicos) a automação na Sabesp da RJ está comprometida. Na ETA de Jarinu, Morungaba, Cabreúva e Campo Limpo Paulista (ETA compacta) foram retirados os operadores para uma economia sem planejamento, resultando na falta mão de obra de operadores para suprir a demanda das anomalias que acontecem no sistema de automação. Os trabalhadores têm que ficar à disposição 24 horas para possíveis chamados de emergência na ETA Morungaba, mas não recebem por isso.
Em Jarinu os técnicos tiveram que retornar e hoje o sistema funciona parcialmente. Já em Cabreúva os operadores da ETE verificam o sistema por câmeras de segurança, e caso tenha anomalias o trabalhador se desloca aproximadamente 15 km até a ETA para fazer os ajustes necessários, com os mesmos EPIs (roupas e calçados) que operam a ETE. Em Campo Limpo Paulista os operadores da ETA, que é precária e manual, ficam responsáveis para fazer o serviço necessário na ETA compacta automatizada.
Vale lembrar que no sistema de automação os trabalhadores não têm treinamento suficiente para fazer o serviço que deveria ser realizado por especialistas da Sabesp, como instrumentistas. Os recursos foram reduzidos na mão de obra e equipamentos, portanto as anomalias são constantes:
alteração de cloro e flúor e mau cheiro na água, comprometendo a qualidade e podendo colocar em risco a saúde da população.
O Sintaema está acompanhando esses casos e vai cobrar providências, já que trabalhadores e população estão sendo prejudicados com esta automação desenfreada.