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Estado não tem projeto sócio-ambiental

“Na biologia, principalmente na ecologia, o Meio Ambiente inclui tudo que afeta diretamente o metabolismo ou o comportamento de um ser vivo ou de uma espécie, incluindo a luz, o ar, o solo e os outros seres vivos que com ele coabitam”. É isso: o meio ambiente envolve também as pessoas, e, seguindo nesta linha, é correto afirmar que as UC’s (Unidades de Conservação) são formadas por todos aqueles elementos e também pelos homens e mulheres que nela habitam, que vivem e retiram das UC’s o seu sustento. Há alguns anos, havia projetos na Fundação Florestal que envolviam essas comunidades com o objetivo de proporcionar-lhes conhecimentos e organização na retirada de seus sustentos sem danificar o meio natural. Era o Estado efetivamente cumprindo seu papel social e ambiental, embora já se percebia a época que os resultados positivos eram obtidos mais pelo empenho dos profissionais abnegados do que pelo compromisso da Fundação. Hoje, não se vê mais esse tipo de projeto, apenas ouvimos falar de “mercantilização”, “novas formas de gerenciamento”, e outros conceitos advindos do modelo neoliberal, que causam estragos também na área ambiental, sem foco nas pessoas. É isso o que acontece com os profissionais de Meio Ambiente, como os da Fundação, que, dentro de seus ideais, ainda tocam, sobrecarregados, os trabalhos com vistas a sustentabilidade ambiental, mas não recebem o devido reconhecimento, haja vista os problemas que enfrentam (arrocho salarial, desvios de função, ausência de perspectiva profissional, entre outros). O Sintaema luta no campo político e jurídico para solucionar esses problemas, de forma coletiva, com a mobilização dos trabalhadores, mas muitas ações são de caráter político, ou seja, é necessário que se abra o canal de diálogo. É necessário que lutemos pela derrubada desse modelo neoliberal, desse projeto que se perpetua no poder há quase 16 anos no Estado de São Paulo e que já demonstrou todos os males que pode provocar. E essa mudança de projeto também está em nossas mãos. Vamos à luta!