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Crise da água: ato teve adesão da população

 
“A água acabou, a culpa é do governador”

Foi com este grito de guerra que o Sintaema, CTB, Fenatema, Metroviários e Movimentos Sociais protestaram na Praça Patriarca na manhã de ontem, reunindo centenas de manifestantes.

A maior crise hídrica da história de São Paulo parece estar longe de ser resolvida. Segundo os especialistas, mesmo que ainda chova dentro da média esperada para o período, o Sistema Cantareira vai demorar de 3 a 8 anos para se recuperar.

E de quem é a culpa? Segundo governo estadual e Sabesp, a culpa é de São Pedro e da população, mas os estudos e as evidências apontam a inconsequência do governo em não tomar medidas preventivas e por ter apostado na operação de risco.

“É muito fácil para o governador colocar a culpa apenas na estiagem e na população, dizendo que é preciso economizar água. Mas esta balela não convence mais ninguém, todos precisam saber que a culpa é da inoperância e falta de visão do governo PSDB, que não investiu em obras necessárias, não previu mais reservatórios, não inovou com tecnologias disponíveis no setor, não combateu com eficiência as perdas físicas de água, e pior, quer camuflar o racionamento de água que já acontece em vários locais”, disse o presidente Rene Vicente. “Não há dúvidas de que esta crise da água é culpa do governo Alckmin por sua negligência”, concluiu.

Para alertar a população e esclarecer os fatos o Sintaema e várias entidades promoveram um ato em protesto ao governo estadual. Garrafinhas de água e o jornal “Brasil de Fato”, que abordou o tema com uma edição especial foram distribuídos para os que passavam pela praça.

O protesto começou às 10h e foi muito bem aceito e aderido pela população, que apoiou o ato e reconheceu a importância de todos não se calarem diante da falta de água, ao contrário, é preciso cobrar providências, já que a população e trabalhadores da Sabesp estão sofrendo com a falta de água que já acomete vários locais e, definitivamente, não têm culpa.

“O governo estadual priorizou os acionistas da Sabesp em detrimento da população. Deixar o reservatório chegar à beira de um colapso é muita irresponsabilidade, não podemos pagar o preço de tamanha ineficiência”, enfatizou o presidente Rene. “Agora eles querem promover obras emergenciais e que custarão muito mais do que se houvesse planejamento e prevenção”, finalizou o presidente o Sintaema.

Por volta de 12h os manifestantes seguiram em passeata até o prédio da Bovespa gritando “água não é mercadoria” e encerraram o ato no Largo São Bento com uma salva de aplausos da população que por ali passava.