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Sintaema promoveu palestras em homenagem às mulheres

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, o Sintaema promoveu na manhã de hoje (6), um agradável café da manhã e importantes palestras para homenagear as mulheres e ampliar o conhecimento e conscientização das companheiras sobre a importância da união e da luta por seus direitos e conquistas.

Lutar e resistir para conquistar

A primeira palestra foi feita pela companheira e ex-presidente do Sintaema, Elisabeth Tortolano, que abrangeu desde a história da instituição do Dia da mulher até os dias atuais, os espaços que a mulher vem conquistando, espaços estes que antes somente eram atribuídos aos homens, como nos parlamentos e outras profissões.

As mulheres estão no mercado de trabalho e ainda assumem suas casas, muitas vezes sendo a chefe de família. Houve avanços com políticas afirmativas, mas é preciso muito mais, ainda há muita diferença salarial entre homens e mulheres na mesma função, além dos intensos ataques aos direitos, como na reforma previdenciária”, explicou Beth Tortolano. “È preciso avançar nas conquistas, melhorar as condições de trabalho e ampliar a luta com participação nas marchas e manifestações em defesa da mulher”, concluiu.

Para expor sobre a luta pelos direitos das mulheres, principalmente pelas mais oprimidas, tivemos a palestra da companheira Amanda Bispo, do Movimento de Mulheres Olga Benário. Amanda fez o relato do crescimento da violência contra a mulher em 2019, quando 1.310 mulheres foram mortas, em muitos casos pelos próprios companheiros.

É urgente que a gente se indigne com esses dados”, enfatizou Amanda, que também fez um histórico da origem da família e da exploração da classe operária, principalmente das mulheres trabalhadoras.

Feminicídio

O revoltante quadro sobre o assassinato de mulheres foi amplamente abordado na palestra de Kele Cristina, diretora da UBM- União Brasileira de Mulheres, que mostrou que o Brasil é o 5º país com a maior taxa de feminicídio.

A lei do feminicídio foi sancionada em 2015, mas a violência continua e cresce, por isso é preciso que a mulher se fortaleça e se una cada vez mais para cobrar políticas públicas.

É preciso interromper esse ciclo de violência. Temos como desafios o combate à cultura do estupro, lutar pela igualdade salarial e muito mais. Neste momento, temos que lutar não somente para ter mais direitos, mas sim para que não retirem os direitos que foram conquistados muitas vezes com a própria vida”, finalizou Kele.

Todas as palestrantes e convidados que compuseram a mesa e fizeram intervenções foram unânimes em mostrar o gigantesco retrocesso que as mulheres estão sofrendo sob o governo nefasto de Bolsonaro.

Ao final, as companheiras assistiram ao vídeo “Democracia sim, ditadura nunca mais”, com as mulheres representantes sindicais.

O evento contou com a participação de diretoras e delegadas sindicais do sindicato, da vice-presidente e promotora do evento, Helena Maria da Silva, convidadas e do presidente do sindicato, José Faggian, que parabenizou as convidadas.

Todos e todas no ato do Dia Internacional da Mulher
8 de março, às 14h, na Avenida Paulista
Viva a luta das mulheres!