O presidente do Sintaema, José Faggian, participou na quinta-feira (7) de audiência pública da Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica da Câmara Municipal de São Paulo. O debate se deu em torno dos impactos para o município da adesão às URAES e as consequências que uma privatiz da Sabesp pode acarretar para a cidade.
“As Câmaras municipais se tornam fundamentais neste processo para barrar a privatização da Sabesp”, afirmou Faggian durante a audiência. Na quarta-feira (6), a Alesp aprovou o Projeto de Lei que autoriza a privatização da empresa. “Os municípios não vão ganhar nada além de colocar em risco a saúde da população”, completou Faggian.
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O dirigente ressaltou que a motivação do governador Tarcísio de Freitas para privatizar a Sabesp é de natureza política. “Estou convencido que a opção do governador não leva em consideração argumentos técnicos, econômicos, mas é uma opção política do governo dele. Não precisa ser especialista em saneamento para concluir que a privatização da Sabesp é uma mal negócio”.
A Sabesp sozinha é responsável por cerca de R$ 40 bilhões em investimentos no setor de saneamento somente em São Paulo, o que significa um terço do que é investido em todo Brasil. A cada ano a empresa repassa para os cofres do Estado, em forma de dividendos, cerca de 450 milhões de reais aos cofres do Estado. A receita da Sabesp em 2022 foi de 22.055,80 bilhões, superando em 13, 2% a receita de 2021.
“O governador quer implantar em São Paulo um projeto de estado mínimo, privatizando tudo o que ele puder: retirar recursos da educação, entregar o saneamento e o transporte coletivo para a iniciativa privada ter lucro. Nenhum argumento vai mudar a posição do governador. A única coisa que vai reverter a privatização da Sabesp é o povo de São Paulo em luta”, alertou Faggian.
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O presidente do Sintaema também registrou durante a audiência a indignação dos trabalhadores (as) do saneamento contra a violência que ocorreu na quarta-feira na Alesp durante a votação do PL da privatização.
“A polícia do governador Tarcísio agrediu violentamente trabalhadores e estudantes e prendeu companheiros que estavam exercendo seu direito de protesto. Fomos brutalmente agredidos. Não demos a luta por liquidada. Ainda tem muito bambu e vai ter muita flecha e nesse contexto essa casa aqui é fundamental”, alertou.
Confira a audiência pública na ìntegra: