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Sintaema e mais de 200 organizações sociais lançam manifesto em defesa da Amazônia

O Sintaema e mais de 200 organizações lançaram no dia 5 de agosto, Dia da Amazônia, um “Manifesto em Defesa da Amazônia”, que alerta aos intensos ataques promovidos pelo agronegócio, a mineração e setor de energia sob a floresta.

O documento afirma que a devastação do biomas está diretamente ligada às crises climáticas que impactam especialmente a vida da classe trabalhadora com queimadas, secas, insegurança hídrica, deslizamentos e enchentes.

Leia o texto completo:

Neste 05 de setembro de 2024, celebramos no Brasil mais um dia da Amazônia. Em vários locais de nosso país haverá manifestações para chamar a atenção para o grave momento de crise ambiental e climática que estamos vivendo.

Há pouco a comemorar. Apesar de termos retomado a proteção das florestas, a reestruturação dos órgãos de controle e fiscalização, a crise climática que vivemos tem se intensificado nos últimos anos de forma nunca vista: sofremos com deslizamentos no litoral norte de São Paulo, as enchentes no Rio Grande do Sul, as ondas de calor no Rio de Janeiro, e agora estamos em meio à pior seca já registrada na bacia Amazônica, e a fumaça que se espalha por mais de move estados causada pelas queimadas.

Não é possível ficarmos alheios e nem sermos espectadores, é preciso ação.

Pelo menos desde 1972, com a Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, conhecida como Conferência de Estocolmo, o mundo já conhece a relação entre a destruição ambiental e o aquecimento global. De lá para cá, a situação tem se agravado apesar de todas as conferências internacionais e discussões propostas pelos governos e estados. Os dados apontam que as emissões de gases de efeito estufa aumentaram de forma drástica nestes mais de 50 anos. Que as emissões previstas até 2050, com graves consequências para a humanidade, irão ocorrer até 2030, com 20 anos de antecedência, agravando a situação de vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

Ao olharmos para esta história, vemos que o atual modelo econômico baseado na acumulação de capital a qualquer custo está levando a humanidade à desgraça. Quem mais sofre é a classe trabalhadora, em especial aqueles mais pobres e precarizados, a população negra, indígena, com especial gravidade para a situação de mulheres e crianças, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Ao fazermos manifestações neste dia da Amazônia, queremos contribuir para a elevação no nível da consciência do povo brasileiro, para que todos tenhamos mais informações sobre os fatos e os principais causadores desta grave crise ambiental e da destruição da Amazônia em particular. Estamos falando de setores muito poderosos de nossa classe dominante: o capital financeiro, o agronegócio, as transnacionais da mineração e da energia que privatizam nossos bens comuns, entre outros.

Quem desmata e queima nossas florestas, queima nosso futuro, e esses são inimigos do povo brasileiro e inimigos da humanidade, e devem ser responsabilizados pelos seus crimes. Não falamos só de quem acende o fogo dentro da floresta ou nos campos, mas toda uma cadeia poderosa de interesses, com grande presença nas instituições políticas, que coloca o lucro acima de tudo e destrói nosso futuro comum. É o modelo econômico que precisa ser mudado.

É necessário incentivar programas de desenvolvimento social, cultural e tecnológico que contribuam para tirar nosso país das armadilhas do capitalismo dependente e que tenham como premissa básica o respeito à vida e ao meio ambiente de maneira integral. É necessário exigir que haja em nosso país um projeto pautado na soberania com distribuição da riqueza e controle popular.

Por fim, neste dia devemos nos comprometer a ampliar o trabalho organizativo, elevando o nível de consciência e de compromisso socioambiental de todo o povo brasileiro, e de forma especial para todas as populações que vivem nas áreas mais atingidas pelos eventos extremos. Nos colocamos ao lado daqueles que historicamente são responsáveis pela defesa da vida e da Amazônia: os povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas, camponeses, e também a classe trabalhadora urbana. Só o povo organizado, com unidade de projeto e em luta, é capaz de propor verdadeiras soluções.

Nos comprometemos a estimular, propor e cobrar dos governos e autoridades que assumam cada vez mais o seu compromisso com a justiça econômica, com a justiça social e a justiça ambiental com ampla participação e protagonismo de nosso povo.

E cobramos dos organismos internacionais, dos governos e empresas dos países que historicamente geraram altos graus de poluição, que agora paguem a conta pelo mal que fizeram a humanidade até o momento.

Neste dia da Amazônia, todos devemos assumir que defender a Amazônia é defender a vida.

Salve a Amazônia! Somos todos atingidos.

Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC); Acesso Cidadania e Direitos Humanos; Associação Coletivo Madeirista (ACME); Associação das Juízas e Juízes para a Democracia (AJD); Articulação de Mulheres Brasileiras Amigas da Terra Brasil Arteiras pela Democracia (AMB/PA); Articulação Antinuclear Brasileira; Articulação de Mulheres Brasileiras; Articulação Nacional do 30º Grito dos Excluídos e das Excluídas Brasil; Asamblea de parque Avellaneda Caba – Argentina; Associação Semeando Letras e Cidadania (ASELCI); Associação Intermunicipal Ambiental em Defesa do Rio Formate e Seus Afluentes (ASIARFA); Associação Cultural e Sustentável da Amazônia; Associação Cultural Pirarucu do Madeira; Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé; Associação dos Movimentos de Moradia da Região Sudeste; Associação Filhas do Boto Nunca Mais ATTAC ESPAÑAAVE; Associação vilarejo Esperançar Bancada Mulheres Amazônicas Bordaluta; Coletivo de Pesquisa e Ativismo de Rondônia sobre Tecnologia, Estado e Sociedade (C-PARTES); Candidatura vereadora Rosimar Francelino; Centro de Acción Popular Olga Márquez Aredez en Defensa de los Derechos Humanos (CAPOMA DDHH); Ledesma pcia.de Jujuy- Argentina; Cáritas Brasileira; Articulação Noroeste CÁRITAS BRASILEIRA REGIONAL NORTE; II Caritas Brasileira Regional São Paulo; CÁTEDRA LIBRE DE DDHH UNIVERSIDAD NACIONAL DE LA PATAGONIA CDHAL – Comite para los Derechos Humanos en América Latina CEBS – Comunidades Eclesiais de Base – Colegiada das CEBs, Estado de São Paulo; Comunidades Eclesiais de Base (CEBS); Regional Sul 1; Centro Dandara de Promotoras Legais Populares; Centro de Defesa dos Direitos Humanos; Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos; Centro Memorial Dr Martín Luther King, Jr; Centro Oscar A Romero – CubaCentro; Palmares de Estudos e Assessoria por Direitos; Centro de Educação Popular do Instituto Sedes Sapientiae (CEPIS); Centro de Promoção Resgate a Cidadania Grajaú Paulo VI (CEPROCIG); Centro de Educación y Promoción para el Desarrollo Sostenible (CEPRODESO); Comitê de Energia Renovável do Semiárido (CERSA); Círculo Palmarino ClimaInfo Climáximo CMMLK CUBACMP; Central de Movimentos Populares; Confederação Nacional dos trabalhadores em Educação (CNTE);  Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU); Colectivo militante La Fragua Coletivo Arewá Coletivo BordaLuta (DF); Coletivo de Bordados Políticos Linhas do Mar; Coletivo Feminista Lugar de Mulher é onde ela quiser – Rio Preto/SP; Coletivo LGBTQIAPN+ Somar de Porto Velho/RO; Coletivo Popular Direito à Cidade de Porto Velho/RO; Colônia de Pescadores Z-2/RO Guajará-Mirim; Comunidade Cidadã Livre (COMCIL); Comissão Episcopal para Ação Sociotransformadora; Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Comitê Chico Mendes; Comite pour les Droits Humains en Amerique Latine; Comunidad Indigena Guaitecas Patagonia Chile; Comunidade Terra Mãe de Ibirá; Comitê de Defesa da Vida Amazônica na bacia do Rio Madeira (COMVIDA); Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ); Conselho Comunitário de Vila Velha; Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil; Conselho Pastoral dos Pescadores; Conselho Pastoral dos Pescadores – Regional Sul; Contrahegemoniaweb – Colectivo de Comunicación; Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas CPDH/ES ; Comissão de Promoção da Dignidade Humana; Consejo del Pueblo Maya; Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras (CPP); Comissão Pastoral da Terra (CPT); Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB); Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil Cubasolar (CTB/PARÁ); Central Única dos Trabalhadores no Estado do Pará (CUT/PA); Deputada Estadual Livia Duarte Puty;Deputada Juliana Cardoso; Deputado Federal Nilto Tatto; Deputado Federal Rogério Correia; Deputado Marcon; EFA JAGUARÉ; Escola de Formação Sindical Chico Mendes na Amazônia; Espaço Cultural Casa da Democracia Fórum da Amazônia Oriental (FAOR); Federacion Costarricense para la Conservacion del Ambiente (FASE/FUNDO DEMAFECON); Federação Interestadual Trabalho Urbano (FECUARON GO/MT/TO/MS/DF); Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar no Tocantins (FETAGRI FETRAF/TO); Federação Nacional dos Urbanitários (FNU); Foro Boliviano sobre Medio Ambiente y Desarrollo (FOBOMADE); Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA); Foro Boliviano Sobre Medio Ambiente Y Desarrollo; Fórum Amazônia por Verdade, Justiça e Reparação; Fórum das Pastorais Sociais; Fórum das Pastorais Sociais da Área; Pastoral de Vitória; Fórum Igrejas e Sociedade em Ação ES; Fórum Justiça no Rio Grande do Sul; Fórum Popular em Defesa de Vila Velha; Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental; Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira – (FUNBOSQUE); Fundacion Costera Patagonia; Federação Única dos Petroleiros (FUP); Grupo de pesquisa em Energias renováveis, Análises e Tecnologia Ambientais Global (GERATA/NARP-UFMA); Campaign to Reclaim People’s Sovereignty, Dismantle Corporate Power, and Stop ImpunityGrassroots International; Grito dos Excluídos; Continental Grupo de Estudos de Ações Coletivas, Conflitualidades e Territórios Grupo de investigación y Editorial Kavilando; Red Interuniversitaria por la Paz REDIPAZ; Grupo de Investigación GIDPAD Universidad de San Buenaventura Medellín; GT Meio Ambiente lapenna Guardiãs do Território; Instituto de Desenvolvimento Ambiental Raiumundo Irineu Serra (IDARIS); Igreja Católica Apostólica Romana; Igreja Presbiteriana Unida do Brasil; Instituto Mexicano para el Desarrollo Comunitario – A.C; Instituto Madeira VivoIncubadora (IMV);  Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Rondônia (INESC); Instituto de Estudos Socioeconômicos Instituto EcoVidaInstituto Omolara Brasil; Instituto Orco Huasi. Investigaciones Interculturales – Salta Argentina; Instituto ShubuãIrmã Tereza Rita Gomes; Cárita JPIC – Instituto Missões Consolata Comissão Justiça e Paz e Integridade da Criação Jubileu Sul Brasil; Justiça Ambiental JA!; Moçambique Justiça Global; Levante Popular da Juventude (LPJ); Linhas da Resistência; Linhas de Sampa; Linhas do Mar; Livraria Xingu; Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); Movimiento Amplio por la Dignidad y la Justicia (MADJ); Coordenação das Associações Remanescente de Quilombos do Pará (MALUNGU); Mandato Célia Xakriabá (PSOL/MG); – Movimiento Mexicano de Afectaxs por las Presas y en Defensa de los Ríos (MAPDER); Marcha Patriótica Cundinamarca; Movimento Camponês Popular (MCP);  Missão Tabita; Movimento de Mulheres Camponesas (MMC); Marcha Mundial das Mulheres (MMM); Movimento Negro Unificado (MNU); Movimenta Feminista Negra; Movimento Bem Viver/RO; Movimento de Mulheres Solidárias do Amazonas (Musas); Movimento Nacional Fé e Política; ESMovimiento Afrodescendiente Movimiento de Usuarios del Biogas y Otras Fuentes Renovables de EnergíaMovimiento Rios Vivos de Costa Rica; Movimientos Concertacion Universitaria; Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA); Movimento Sem Terra (MST); Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTC);  Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD); Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST); Movimiento por la Unidad Latinoamericana y el Cambio Social – Argentina (MULCS); Núcleo de Ação pela Reforma Agrária (NARA); Oásis Adultos e Famílias; Observatório de Justiça Socioambiental ( OLMA); Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS); Plateforme haïtienne de Plaidoyer pour un Développement Alternatif (PAPDA); Pastoral Afro-brasileira; Pastoral Operária; Pastoral Operária – São Paulo; Pastoral Operária ESPJRS; Plataforma dos Movimentos Sociais por Outro Sistema Político Prof. Dr. Phil. Carlos María Pagano Fernández; Programa Planeta Amazônia; Partido dos Trabalhadores (PT); Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal (PT/DF); Raimundo Bonfim; Grupo de Pesquisa e Extensão Rádio Educação e Cidadania (REC); Rede Cristã de Advocacia Popular (RECAP);Red de Educadores Populares de Camagüey, del Centro Martín Luther King Red de Información y Acción Ambiental de Veracruz/ México; Red de Protección y Defensa del Territorio Patagonia- Chile; Red nacional en Defensa del Agua Panamá; Rede Eclesial Panamazônica – Brasil; Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares REPODH-RO; Rede Popular de Direitos Humanos de Rondônia; Revista y colectivo editorial Herramienta; Serviço Pastoral do Migrante; Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado do ES; Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal; Sindipetro ES; Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos, Ativos e Aposentados, do Estado do Espírito Santo (SINDIPÚBLICOS); – Serviço Interfranciscano de Justiça Paz e Ecologia (SINFRAJUPE); Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM); Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SINTAEMA); Sociedad Cubana para la Promoción de las Fuentes Renovables de Energía y el Respeto Ambiental (CubaSolar); Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM); Terra de Direitos; Trinchera Utopía; Biblioteca Popular Coyhaique Chile UFAC; Programa de Mestrado em Geografia Universidade Federal de Ouro Preto; Universidade Federal do Pará (FPA); União da Juventude Comunista de Rondônia (UJC/RO); União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas (UNEFAB); Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe Unidade Negra Capixaba (UNESP/IPPRI); Instituto Universidade Popular (UNIPOP), União Nacional por Moradia Popular (UNMP).