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Sabesp terceiriza, a empresa dá o calote — e o trabalhador fica no prejuízo

Mais uma vez, trabalhadores e trabalhadoras terceirizados da Sabesp são jogados à própria sorte, vítimas do descaso e da irresponsabilidade das empreiteiras contratadas. A bola da vez é a GMF, que encerrou contrato com a Sabesp na região de Tupã e Adamantina no mês de maio de 2025 e deixou dezenas sem receber suas verbas rescisórias.

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A rescisão estava marcada para o dia 10 de junho, mas não foi cumprida. Supervisores da empresa alegaram “problemas” e informaram que o pagamento das verbas aconteceria apenas em 1º de agosto — um completo desrespeito com quem dedicou seu trabalho por anos.

E o golpe não para por aí: a empresa afirma que o FGTS e a multa de 40% já teriam sido depositados na Caixa Econômica Federal, mas ao irem às agências, os trabalhadores se depararam com os saldos zerados. Mais um calote vergonhoso, com a conivência de quem deveria fiscalizar: a Sabesp.

Calote, salários menores e piora nas condições de trabalho

No lugar da GMF, assume agora a empresa TELL, com sede na Bahia. A nova contratada já chegou trazendo horários reduzidos, menos dias de serviço na semana e salários ainda menores. Resultado: insatisfação generalizada.

Quem ganha com isso?

Enquanto a Sabesp anuncia bilhões em investimentos na mídia – e não é na melhoria das condições e nem com contratações diretas -, trabalhadores seguem sendo explorados, empresas caloteiras entram e saem do sistema sem nenhum controle sério, e as condições de trabalho se degradam rapidamente.

A responsabilidade pela fiscalização dos contratos é da Sabesp. O mínimo que se espera é a garantia de que os direitos trabalhistas serão respeitados e que os contratos não sejam firmados com empresas que dão calote e desaparecem da noite pro dia.

O Sintaema segue firme com sua atuação e denúncia. Pois a luta por uma sociedade mais justa passa pela garantia dos direitos do conjunto da classe trabalhadora.