Falta d’água e aumento da tarifa ampliam o caos da população no Rio de Janeiro. Escolas, unidades de saúde e pelo menos 20 bairros do Rio de Janeiro e m ais 7 cidades na Baixada Fluminense sofrem com o péssimo serviço de abastecimento de água. Para se ter uma ideia, cirurgias eletivas foram suspensas no Hospital Universitário Pedro Ernesto.
Leia também – Com água privatizada, reclamações contra Águas do Rio atingem alta de 454% em janeiro de 2023
acesso universal, a água, virou artigo de luxo no Rio de Janeiro. O aumento da tarifa é abusivo e a população vem sofrendo muito com a falta d’água constantes e duradouras”, comenta a direção do Sintaema ao alertar que o cenário tem a ver com o processo de mercantilização da água.
Reclamações vem de longe!
Esse cenário não é novo. No dia 29 de novembro, o Procon-RJ notificou a Águas do Rio pelas falhas registradas. Apenas em 2024, a concessionária acumulou 1.446 reclamações nos canais de atendimento do Procon Carioca.
Leia também – Privatização | População do RJ chega a pagar contas de água de mais de R$ 8 mil
Esses recorrentes problemas evidenciam a lógica da privatização no setor de saneamento básico, que não é atender a população, mas garantir o lucro. “A ineficiência da Águas do Rio em assegurar o abastecimento adequado escancara a lógica de priorização do lucro sobre o bem-estar coletivo. O impacto direto em hospitais, escolas e órgãos públicos agrava ainda mais a situação, evidenciando como a população mais vulnerável acaba sendo a principal prejudicada”, denuncia o Sindicato.
Este episódio é mais uma prova de que a gestão de recursos essenciais, como o abastecimento de água, deve permanecer sob controle público e democrático, longe de interesses privados. Quando a água é tratada como mercadoria, o lucro se sobrepõe às necessidades da população, comprometendo o acesso igualitário a um direito humano fundamental. A água não é um produto: é um bem comum, vital para a dignidade e a sobrevivência de todos.