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Marco temporal: mais um ataque aos direitos dos povos originários

Nossa história não começa em 1988!

Foto: Apib/Divulgação

Está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade da PL 490/2007 que determina as demarcações das terras de povos tradicionais sejam validas apenas com comprovação de que foram ocupadas até 05 de outubro de 1988.

Após as investidas de Projetos de Lei como o 191/2020, essa é a manobra da vez da base bolsonarista, alicerçada na sede neocolonial e de empresários, grileiros, mineradoras e ruralistas com o objetivo de avançar sobre as florestas e regiões que hoje estão demarcadas.

Acampamento “Luta pela vida” em Brasília

O acampamento instalado no último domingo (22), reuniu 6 mil pessoas de 176 povos com objetivo de pressionar o STF para impedir que esse crime se concretize.

O Sintaema-SP em sua permanente defesa pelo meio ambiente e pelo direito dos povos tradicionais se solidariza com o acampamento “Luta pela Vida”, que agora ficará ao lado do complexo da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

Combater o PL 490/2007 é urgente e decisivo para o presente e futuro não só na vida dos povos indígenas, mas para todo o ecossistema planetário.

Aceleração das mudanças climáticas

O mundo está sentindo os efeitos das mudanças climáticas, são enchentes, variações de temperatura extremas, queimadas, aumento do nível do mar, perca de qualidade do ar, mortes de recifes e corais, mudanças migratórias de animais, aumento de pragas, entre vários outros resultados da ação irresponsável do homem sobre a natureza.

É necessário mobilizar toda a população em defesa dos povos originários que são os reais detentores dessas terras (desde antes da colonização), expurgar a mentalidade neocolonial de nosso país, defender todos os direitos e culturas originarias, escudar nossas florestas, rios e ecossistemas e lutar pela construção do ecossocialismo para que a vida como conhecemos continue existindo e o bem viver seja a base da nova sociedade.