Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Departamento de Políticas Sociais/Departamento da Mulher do Sintaema promoveu na noite de ontem (8) a live “Mulher Trabalhadora em Tempo de Pandemia”, expondo a situação das mulheres neste momento.
Além dos problemas cotidianos que a mulher trabalhadora já enfrentava antes da pandemia, como a tripla jornada e direitos violados, a mulher agora está ainda mais exausta no atual quadro, mesmo no home Office, por vários motivos, como explicou Ligia Mendes, do Movimento Olga Benário.
“As mulheres foram mais demitidas nesta pandemia, a as que continuam empregadas estão sobrecarregadas, tendo que pegar uma condução ruim, elas estão exaustas. Mesmo no Home Office, a mulher tem que cuidar da casa, dos filhos e do trabalho, sozinhas na maioria, numa jornada contínua, sem trégua”.
O desemprego, o subemprego e a informalidade acometeram mais ainda as mulheres na pandemia, segundo estudo apresentados pela presidente da UBM, Claudia Rodrigues. O medo da demissão, o silêncio diante do aumento de trabalho sem aumento de salário e a submissão a acordos precários também fazem parte deste momento.
“Precisamos envolver mais as mulheres nas questões políticas e sindicais, com mais organização para virar esse jogo”, disse a presidente da UBM, Claudia Rodrigues.
Companheiras da categoria presentes na live levantaram questões, como a importância de as mulheres terem mais participação no movimento sindical para intensificar a defesa dos seus direitos, ampliar conquistas e lutar por mais igualdade.
“Precisamos ajudar na construção de uma sociedade melhor, pensar no coletivo, e a mulher tem um papel fundamental, porque já nasce pensando no coletivo pela questão da família”, disse a vice-presidente do Sintaema, Helena Maria da Silva.
A ausência do Estado e a ineficiência e descaso do governo nefasto do presidente Bolsonaro também foram citados na live.
O presidente do sindicato, José Faggian, passou sua mensagem de apoio e reflexão ao Dia da Mulher, parabenizando a todas.
“Vivemos numa sociedade machista e patriarcal, é fundamental fazer esse debate no marco do capitalismo, as mulheres são muito penalizadas. Precisamos avançar! Nossos parabéns a todas!”
Sintaema, sempre na luta com as mulheres!