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Como a taxa de juros impacta no seu bolso?

Manter a despensa e a geladeira abastecidas com alimentos variados têm sido uma tarefa cada vez mais difícil. O brasileiro tem sido desafiado nos últimos meses com uma simples situação cotidiana: fazer as compras no supermercado e se manter dentro do orçamento.

Além do desemprego e da desvalorização do salário, especialista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese)  explicam que fatores como ausência de políticas para retomada do crescimento e a alta dos juros são responsáveis pelo avanço do peso dos alimentos.

Mas, como a alta dos juros (na semana passada, a taxa básica de juros passou de 9,25% para 10,75% ao ano, é o maior patamar desde maio de 2017), atinge os trabalhadores e trabalhadoras que, se quer, possuem investimentos em bancos?

Esse aumento prejudica a população, em especial a mais pobre, que usa créditos porque o salário não paga todas as contas ou não tem como pagar a vista uma casa própria ou até um eletrodoméstico.

E como percebo que esses sucessivos aumentos impactam no meu bolso?

Simples, os juros mais altos irão pesar para a população população quando ela for:

. pagar os juros do cheque especial,

. pagar faturas do crédito rotativo dos cartões de crédito;

. fazer ou pagar financiamentos, especialmente o imobiliário,

. ir ao supermercado e perceber que os preços cobrados pelos alimentos e produtos dispararam; e,

. na hora em que vai procurar emprego.

Trabalhador, a economia e as políticas públicas sofrem com os juros altos?

Sim. Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) o primeiro impacto com a alta dos juros é nas contas públicas do governo, que deverão pagar mais pelo dinheiro que toma emprestado, os títulos públicos. Isso compromete a recuperação econômica e, consequentemente, a geração de emprego e renda dignos.

A espiral da economia mostra que a conta é simples. Toda vez que os juros sobem e o governo paga mais pelos títulos públicos, a União fica com menos dinheiro para investir em políticas públicas necessárias para manter a economia funcionando.

E tem mais, ainda que o Banco Central use como argumento que a alta nos juros é necessária para conter a inflação, já que com empréstimos mais caros, outra fator pesa para a economia: a diminuição da circulação de dinheiro no mercado. Isso além de ser ruim em um momento de crise pode abrir caminho para estagflação (quando há o aumento de inflação somada à e alta estagnação da economia).

Com informações do DIEESE e da CUT