
Enquanto no Brasil seguimos na luta contra a privatização do saneamento e pela reestatização da Sabesp, o exemplo do Reino Unido escancara as consequências desastrosas desse modelo. A Thames Water, maior empresa de água privatizada do Reino Unido, enfrenta colapso financeiro e operacional, comprovando que saneamento como mercadoria não funciona.
Este não é um caso isolado. É a regra do modelo privado de saneamento: priorizar o lucro, não as pessoas.
O que está por trás do fracasso?
- Tarifas altas e serviços de má qualidade
- Cortes em investimentos em infraestrutura
- Prioridade em acumular dividendos para os acionistas
- Degradação do meio ambiente
A empresa, que atende 16 milhões de pessoas, está sendo alvo de um plano de resgate liderado por credores – o consórcio London & Valley Water – que prevê cortes drásticos em investimentos, redução de projetos de infraestrutura e a injeção de £20,5 bilhões de libras provenientes dos usuários, ou seja, dinheiro público para se salvar.
Como revela análise do The Guardian, o plano:
- Reduz investimentos em infraestrutura e melhorias;
- Mantém tarifas altas para consumidores;
- Protege credores, não usuários;
- Evita a renacionalização a qualquer custo – mesmo que custe a qualidade do serviço.
Tanto a privatização original quanto o “resgate” financeiro têm o mesmo objetivo: preservar o lucro, ainda que à custa do direito fundamental à água limpa e esgoto tratado.
Enquanto isso, no Brasil, políticos como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema insistem no mesmo modelo falido, que tem como tripé: tarifas mais caras, cortes de investimento e abandono da população, sobretudo a mais vulnerável.
A lição da Thames Water é clara:
🔴 Saneamento não é commodity.
🔴 Privatizar é colocar lucro acima da vida.
🔴 Só o modelo público garante universalidade e controle social.
O Sintaema seguirá em luta por um saneamento 100% público, com gestão transparente e investimentos reais.
A água é um direito humano.
A luta é pela reestatização!
Com informações do The Guardian