Home Destaque Faggian : Privatização da Sabesp vai destruir os serviços que temos hoje

Faggian : Privatização da Sabesp vai destruir os serviços que temos hoje

 

O presidente do Sintaema, José Faggian, se encontrou na sexta-feira (25) com moradores de Tupã, trabalhadores (as) da Sabesp e autoridades locais. O encontro faz parte da mobilização no Estado contra a privatização da Sabesp, que segue ameaçada pelo governador Tarcísio de Freitas.

Faggian trouxe para os presentes as consequências da privatização nos Estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul. Em ambos os Estados o saneamento é privatizado há cerca de 20 anos com prejuízos para a população e trabalhadores (as).

“Manaus tem a nona maior tarifa entre as capitais e o sexto pior serviço de saneamento do Brasil. Manaus tem cerca de 20% dos esgotos coletados. Em Campo Grande é a maior tarifa entre as capitais brasileiras. É privatizado há 20 anos e não tem os serviços universalizados”, informou Faggian. “No Brasil, onde se privatiza, a qualidade do serviço piora e a tarifa de água aumenta”.

O presidente do Sintaema citou o cenário trágico para os trabalhadores (as). Na opinião dele, o acordo coletivo histórico, uma conquista dos trabalhadores (as) da Sabesp está sob ameaça. Ele citou o PDI que teve a adesão de 1,8 mil trabalhadores (as). “Isso significa uma perda nos quadros da empresa que hoje já são bastante enxutos. Haverá demissões, retiradas de direitos, piora na qualidade de trabalho”, completou.

Faggian destacou que são os trabalhadores (as) formadas na Sabesp pública que garantem o serviço de qualidade para a população. “Esses trabalhadores possuem conhecimentos específicos que vão se perder e prejudicar a população. Haverá menores salários, profissionais menos qualificados e menos comprometidos. Tudo isso irá influenciar na qualidade do serviço que prestamos hoje”, completou Faggian.

“Na prática, a privatização significa que o controle da empresa será entregue ao setor privado e isso resultará na perda da política tarifária e de investimentos que será determinado por esse ente privado que irá colocar em primeiro lugar o lucro”, ressaltou o dirigente.

O governador Tarcísio tem pressa para desmontar a Sabesp. Para isso contratou uma empresa para fazer o estudo para definir um modelo de privatização. O Sintaema não teve acesso ao estudo. O próximo passo é enviar um Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para aprovar a privatização.

“Estamos com um calendário de lutas. Vamos fazer um plebiscito que começará no dia 5 de setembro. Ele será lançado no Sindicato dos Bancários de São Paulo, que irá correr os municípios operados pela Sabesp, plebiscitando a privatização da Sabesp e também do metrô e da CPTM. Vamos continuar denunciando o desmonte que Tarcísio quer promover no Estado causando prejuízos à população”, concluiu Faggian.

Com informações do Diário Tupã