A batalha contra a privatização da Sabesp ganha mais argumentos a partir de relatório da ONU-Água, que neste ano escolheu o Brasil como um caso de sucesso no tratamento de esgoto.
Segundo a entidade, o investimento público e não o privado se mostrou preponderante para a melhoria dos indicadores de esgoto e também de qualidade da água.
O site Outras Palavras abordou a notícia neste mês no artigo “Água: A ONU desmente os privatistas”. De acordo com a direção do Sintaema, “a empresa privada só vai investir onde sabe que vai ter lucro certo”.
Para a direção do sindicato, a escolha da ONU-Água é mais uma prova de como o saneamento público brasileiro é exemplo para o mundo.
“Enquanto isso, o governador Tarcísio vai na contramão do mundo e coloca como prioridade do governo dele a privatização da maior companhia de saneamento do Brasil e da América Latina e a terceira do mundo”, comparou a direção do Sintaema.
Um destaque do relatório da ONU-Água é a citação feita aos investimentos “em larga escala” realizados pelo estado brasileiro entre os anos 2000 e 2010. Investimentos que fizeram a diferença nos anos seguintes.
Caem assim por terra os argumentos dos que defenderam o novo marco legal do saneamento em detrimento da Lei 11.445/2007, considerada “demasiante estatizante”.
“A Sabesp pública é responsável por cerca de R$ 40 bilhões em investimentos no setor de saneamento somente em São Paulo – um terço do que é investido em saneamento em todo Brasil. Faz diferença para a população, especialmente segmentos mais vulneráveis”, concluiu a direção do Sintaema.
Agosto tem sido um mês de mobilização em defesa da Sabesp pública e também contra a privatização do Metrô e da CPTM. No dia 5 de setembro haverá o lançamento do Plebiscito Contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM. O objetivo é captar o sentimento da população, que, de acordo com o Datafolha, é contra a privatização. Pesquisa realizada neste ano pelo instituto demonstrou que 53% dos paulistas são contra a privatização da Sabesp.
