O presidente do Sintaema, José Faggian, protestou nesta quarta-feira (6) contra a violência policial que aconteceu na Alesp durante a votação do Projeto de Lei que privatiza a Sabesp. Trabalhadores, estudantes e movimentos sociais foram espancados com cassetetes dentro da galeria da assembleia enquanto puxavam palavras de ordem contra a privatização da Sabesp.
Alguns manifestantes ficaram feridos e parlamentares também foram atingidos pelo spray de pimenta que a PM usou e se espalhou pelo plenário. “Essa noite deveria ser uma noite democrática onde pudesse ser acompanhada a votação de um crime que estão cometendo com a privatização da Sabesp. Mas o que tivemos foi uma dose da política de segurança do governo do estado que usou de violência contra trabalhadores e estudantes”, denunciou o presidente do Sintaema.
“É dessa forma que esse governo fascista trata o povo de são Paulo. Um governo que quer entregar tudo pra iniciativa privada”, disparou o dirigente em discurso na frente da Alesp logo após a violência que aconteceu na galeria. Por ondem do presidente da Alesp, André do Prado (PL), a PM esvaziou à força a galeria e suspendeu a sessão sob o incentivo de deputados da base do governador Tarcísio de Freitas.
“O que Tarcísio quer é cometer um crime com a privatização da Sabesp e nós não vamos vender barato. Hoje nós demonstramos aqui na Alesp, e não só hoje, mas temos mostrado em todo o processo de luta neste ano, que Tarcísio vai ter pelos próximos anos luta e resistência do povo de São Paulo”, reforçou Faggian.
“Não vamos aceitar a privatização dos transportes, a retirada de recursos da educação e não vamos aceitar a privatização da Sabesp”, reforçou Faggian. Ele completou dizendo que se hoje o governador deu para o povo uma dose da sua política de segurança, o povo em luta deu uma dose do que o governador vai experimentar nos próximos anos. “Não vai ter vida fácil”, prometeu.
Fotos: Karla Boughoff