Levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica mostra que o bioma conta hoje com um total de 1.388 UCs municipais, 416 a mais que as identificadas no estudo anterior, publicado em 2017 – representando um acréscimo de quase 43%. Desse total, no entanto, somente 159 são novas, criadas a partir de 2016. As demais já existiam, mas não estavam contabilizadas devido à falta de informação oficial no Sistema de Unidades de Conservação.
Apenas 329 UCs municipais da Mata Atlântica constam do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), base de dados mantida pelo Ministério do Meio Ambiente com informações padronizadas das UCs geridas pelos três níveis de governo – uma diferença de 1.057 UCs em relação às identificadas nessa atualização. Isso equivale dizer que apenas 24% das UCs municipais do bioma estão registradas na base nacional.
Essa defasagem numérica de mais de 75% aumenta a dificuldade de se obter dados sobre as Unidades de Conservação da Mata Atlântica e omite a importância das UCs municipais para a proteção da Mata Atlântica. Possivelmente, a mesma situação ocorre nos demais biomas brasileiros.
O que são Unidades de Conservação (UCs)?
A UCs são instrumentos eficientes para aumentar a proteção da biodiversidade e para a manutenção de serviços ecossistêmicos importantes para a sociedade, como a proteção da água, redução dos riscos naturais, estabilidade climática e possibilidade de contato com a natureza, entre outros benefícios.
A Mata Atlântica, entretanto, mantendo hoje apenas 12,4% de sua vegetação original, ainda carece de UCs para fortalecer a conservação de seus remanescentes e a conexão entre eles.
Fonte: SOS Mata Atrlântica