Nem mesmo o coronavírus faz governo recuar no teto de gastos. O governo preferiu pedir estado de calamidade pública, modalidade em que é permitido elevar os gastos públicos com saúde sem ferir as metas fiscais.
Nesta semana o ministro Paulo Guedes já havia dito que não mexeria no teto de gastos, ou seja, aquela mazela que instituíram no país em 2016, durante o governo golpista de Temer, e que foi oficializado em 2017 congelando os gastos públicos durante 20 anos.
“Mexer no teto de gastos provocaria incertezas, pressionaria a inflação, poderia levar a aumento de juros”, afirmou o ministro em entrevista aos jornais no último dia 16.
É um paradoxo o ministro afirmar isso, porque no momento, mais importante que índices de inflação são os alarmantes índices de crescimento dos casos do Covid 19.
É fato que estamos diante de uma situação gravíssima com o surgimento do coronavírus, uma pandemia que precisa ser contida e das quais medidas do governo serão inevitáveis para conter o surto e atender às demandas que estão surgindo por conta disso.
Portanto, esperamos que o governo brasileiro e o congresso cumpram com suas palavras, que esse anúncio de calamidade pública não se transforme em mais uma bravata desse governo diante do quadro crítico pelo qual passamos.
Em defesa da saúde e do saneamento públicos
Neste momento drástico que a saúde pública está passando vale ressaltar a importância do SUS, um fantástico sistema que o atual governo parece não querer enxergar. É preciso fortalecer nossa saúde pública com mais investimentos em recursos e valorização de seus trabalhadores.
Daí também a importância de se combater as privatizações que ameaçam a saúde pública, como no setor do saneamento, que tem interface direta com a saúde pública.
É comprovado que a cada 1 real investido em saneamento básico, economiza-se 5 em saúde pública graças à prevenção de doenças por meio do saneamento.
Pela defesa e fortalecimento do SUS, pela universalização do saneamento público!