O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou com alarde reajuste salarial para policiais militares e civis.O que ele não falou é que esse reajuste vem com um brinde embutido no Projeto de Lei 75/22, de sua autoria, que aumenta o desconto previdenciário dos militares e que, também, irá impactar sobre as aposentadorias dos inativos e pensões.
Segundo reportagem publicada pela Rede Brasil Atual, pela proposta do bolsonarista, o desconto tanto para os militares da ativa como para os da reserva e pensionistas será de 10,5% sobre a totalidade dos proventos recebidos.
Em uma conta rápida, um militar aposentado que receba R$ 8.000 terá um desconto previdenciário de 10,5% sobre a totalidade. Isso representará cerca de R$ 840,00. Isso porque, a contribuição para aposentados e pensionistas é de 11%, incidente apenas sobre o valor de rendimento superior ao limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Para este ano é de R$ 7.507, ou seja, um militar aposentado que receba R$ 8.000 por mês terá um desconto de 11% sobre R$ 493, 00, logo o desconto seria de cerca de R$ 54.
Esse é só mais um ataque do governador forasteiro que tem usado São Paulo para se projetar politicamente. E enquanto faz isso passa a boiada da destruição, privatizando serviços, retirando direitos e agora confiscando a aposentadoria dos servidores.
Reajuste não cobre defasagem das categorias
Ao comentar o anúncio, em reportagem da Carta Capital, o Sindicato dos Delegados de São Paulo afirmou ser ainda insuficiente para tirar o estado de São Paulo da lista dos que pior pagam os policiais no país. Além disso, a entidade criticou o fato do governo estadual tratar de forma diferente os policiais militares do civis.
Com informações da RBA e da Carta Capital
