Na terceira rodada de negociação entre a direção da CETESB e os sindicatos, na manhã de hoje (7), a empresa apresentou a proposta oficial do Comitê de Políticas Salariais do governo, com o reconhecimento da data-base, garantia no emprego de 96% e manutenção dos benefícios, com exceção da cesta de Natal, e sem qualquer reajuste nos salários e benefícios.
Todos os sindicatos lamentaram a insuficiência da proposta e inclusive a consideraram retrógrada, já que além de não aplicar reajuste pelo segundo ano consecutivo a proposta não mantém a cesta de Natal. A falta de reconhecimento por parte do governo da importância do trabalho realizado pelos companheiros e companheiras da CETESB também foi sentida por todos.
“A proposta está aquém do esperado, já não tivemos reajuste no ano passado e ainda por cima querem retirar a cesta de Natal. Sempre partimos da premissa de “nenhum direito a menos”, portanto, precisamos ampliar as discussões e avançar, inclusive em questões que não dependem do orçamento e que são importantes para os trabalhadores”, enfatizou o presidente do Sintaema, José Faggian.
Os demais representantes do Sintaema também criticaram a proposta e colocaram a preocupação com os trabalhadores da CETESB que vêm sendo prejudicados ano a ano com perdas salariais, perda do PPR e Plano de Carreira, e agora a não continuação do benefício da cesta de Natal, e que por isso o sindicato acaba seguindo as vias judiciais.
Teletrabalho e outras questões
A CETESB informou que as cadeiras de trabalho que estão na empresa podem ser retiradas pelos trabalhadores que estão prestando serviços em casa. Segundo a direção da empresa, as discussões sobre o teletrabalho não foram levadas à CPS porque serão tratadas separadamente, mas que continuam sendo feitos os estudos e formulações para futura apresentação aos sindicatos. É importante que a empresa se atente às demais reivindicações feitas na última reunião sobre ajuda de custo e fornecimento de equipamentos para o teletrabalho.
O Sintaema também colocou uma questão pontual que vem acontecendo com trabalhadores que ficam com o celular e estão tendo que pagar motoboy para levar o celular para a empresa por receio de pegar transporte público ou serem assaltados, portanto, ver a possibilidade de a empresa pagar por esse serviço. A empresa vai verificar os casos.
A direção da empresa se comprometeu a fazer gestões junto à CPS quando esperamos que ela consiga avanços ao justíssimo pleito dos trabalhadores. A quarta rodada será em dia 14 de junho, às 9h.
A luta continua! Nenhum direito a menos! Vacina para todos!