O Sintaema (diretores e delegados), CRF e demais entidades se reuniram virtualmente com representantes da CETESB na manhã de hoje (31) para a segunda reunião de negociação da campanha salarial dos trabalhadores, na qual o teletrabalho foi a pauta.
Foram apresentadas as Diretrizes Gerais do Programa com as medidas estabelecidas em consonância com o Plano São Paulo, o cumprimento dos protocolos sanitários para os trabalhadores que continuam presenciais e a apresentação de como o teletrabalho está funcionando hoje.
Pelo modelo consolidado, 30% do quadro estão em atividade presencial, e a empresa vem cumprindo todos os protocolos sanitários, como medição de temperatura, máscaras PFF2 faceshield, e álcool gel, além de vestimentas e calçados de proteção.
De acordo com a CETESB, 70% do quadro estão em teletrabalho, e depois da pandemia o objetivo é institucionalizar a modalidade, inclusive já estão sendo feitos os estudos preliminares com esse objetivo, nos quais os benefícios de vale-refeição e de vale-alimentação serão mantidos normalmente, apenas o vale-transporte será proporcional aos dias de trabalho presencial.
“O teletrabalho é um sucesso, as empresas caminham para isso que é um aprendizado que estamos tendo e vem dando certo tanto para os trabalhadores como para a empresa”, disse o diretor de Gestão Corporativa da CETESB, Clayton Paganotto.
O presidente do Sintaema, José Faggian, foi ao encontro desse pensamento, que é uma tendência, porém colocou suas preocupações para que o teletrabalho não traga quaisquer prejuízos aos trabalhadores, o que foi reforçado pelas demais entidades.
Nesse sentido, o sindicato expôs que é preciso avançar em questões essenciais, como criar regras claras para o controle de jornada, ter um olhar atento à infraestrutura e ergonomia do trabalho em casa, como o fornecimento de cadeiras, e também demais materiais de trabalho como celular corporativo, computador, conexão com a Internet e até mesmo apoio psicológico porque a pandemia tem alterado o estado mental dos trabalhadores.
A CETESB informou que já vem fornecendo cadeiras e computadores quando solicitados, no que o sindicato frisou que esta informação deve ser disponibilizada com mais clareza e para todos os trabalhadores, já que muitos não têm conhecimento desse procedimento.
Quanto ao apoio psicológico, a empresa também esclareceu que já vem fazendo isso para os trabalhadores que procuram essa ajuda, e que essa questão também faz parte dos estudos de melhorias para a implantação definitiva com ampliação desse apoio.
Dentro dessa questão, a CETESB disse inclusive que o modelo em estudo pode ser híbrido, com escalas fixas ou variáveis, dias alternados de trabalho presencial e outras formas a serem debatidas.
As dificuldades com o acesso remoto, internet lenta e perda de conexão, bem como uma ajuda de custo para energia e contratação de banda larga também foram pontuadas pelas entidades como questões que precisam ser adequadas para os trabalhadores, além da sugestão de uma cartilha com orientações.
A CETESB disse que todas estas pontuações serão base dos estudos para o debate mais profundo quando da oficialização do teletrabalho. Vale ressaltar que o trabalhador não será obrigado a aderir, e se aderir, haverá um aditivo ao contrato de trabalho.
Outra preocupação do Sintaema e dos outros sindicatos é a prioridade dos trabalhadores na vacinação, no que a CETESB informou que vem fazendo esse pedido reiteradamente ao governo, e que 50% do quadro já tomou a primeira dose da vacina.
Além de aprofundar o debate, o Sintaema acompanhará todo esse processo quando da implantação definitiva que ainda está em estudo. A Próxima rodada de negociação será no dia 7 de junho (segunda-feira), às 9h, quando esperamos que a CETESB avance no pleito econômico.
A luta continua! Nenhum direito a menos! Vacina já para a categoria!