Home Destaque Cerrado registra queda no desmatamento; Amazônia exige atenção redobrada

Cerrado registra queda no desmatamento; Amazônia exige atenção redobrada

Vale do rio Urubu-preto, no cerrado do Piauí – Lalo de Almeida – 21.mar.24/Folhapress

A luta pela preservação ambiental dá sinais de fôlego com os dados divulgados nesta quinta (7) pelo Ministério do Meio Ambiente: pela primeira vez em quatro anos, o Cerrado apresentou redução nos alertas de desmatamento, com queda de 20% na comparação com o ciclo anterior. Já na Amazônia, embora tenha ocorrido uma leve alta, o período registrou a segunda menor taxa de destruição desde o início da série histórica, iniciada em 2015.

Os dados do sistema Deter, do INPE, são claros: onde há compromisso com a proteção dos nossos biomas, os resultados aparecem. E é justamente por isso que o Sintaema segue firme em sua bandeira histórica: a defesa intransigente do meio ambiente, das águas e da soberania nacional.

O desmatamento no Cerrado caiu de 7.014 km² para 5.555 km² entre agosto de 2024 e julho de 2025. É um alívio momentâneo, mas ainda distante do necessário. O Cerrado é berço das águas e está entre os biomas mais devastados pelas atividades predatórias da mineração, do agronegócio e da grilagem. Essa redução mostra que política ambiental séria e fiscalização funcionam, ao contrário do desmonte vivido durante os anos do governo Bolsonaro, que colocou a Amazônia em chamas e entregou as riquezas nacionais ao capital estrangeiro.

No caso da Amazônia, apesar do aumento de 4% no desmatamento em relação ao ano anterior (de 4.321 km² para 4.495 km²), os números seguem entre os mais baixos da história recente, resultado do trabalho de reconstrução das políticas ambientais promovido pelo governo Lula.

Mas os desafios seguem imensos: o estado do Mato Grosso, por exemplo, viu um aumento alarmante de 74% no desmatamento — e é justamente onde o agronegócio predatório avança com mais força.

O Sintaema reforça: defender o meio ambiente é também defender os direitos da classe trabalhadora, o acesso à água, o saneamento público e a vida. Sem floresta, não há água. Sem água, não há vida nem dignidade.

Seguimos na luta por:

  • Zerar o desmatamento até 2030;
  • Fortalecer os órgãos de fiscalização ambiental;
  • Defender as empresas públicas de água e saneamento;
  • Avançar na transição energética com justiça ambiental;
  • Enfrentar o uso predatório dos recursos naturais.

A natureza não é mercadoria. Água, floresta, cerrado e Amazônia são patrimônio do povo brasileiro!