Com a alegação de gerar empregos, o governo federal mais uma vez quer retroceder nos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores ao longo dos anos.
O famigerado programa da carteira “verde amarela”, uma proposta indecente deste governo, volta à tona e, como não poderia ser diferente da anterior, prevê retrocessos, como permitir ao empregador implantar uma modalidade de contratação com pagamento por hora trabalhada para até metade do seu quadro de empregados de forma gradual: 10% no primeiro ano, 20% no segundo e 30% no terceiro.
Porém, para o setor de saneamento a bomba seria maior: permite aplicar esta regra para 50% do quadro logo no primeiro ano. Em matéria do site de notícias UOL, especialistas dizem que esta medida pode gerar empregos, mas também causar demissões dos empregados atuais, já que a outra forma de contratação sairia menos onerosa para o empregador.
E por que a exceção para o saneamento? Justamente por causa da nova lei que permite a privatização do setor. É um mal puxando o outro!
Mais uma vez o governo lança uma proposta que prioriza o lado do patrão em detrimento dos trabalhadores, que cada vez mais presenciam a ameaça aos seus direitos, uma verdadeira precarização nas relações trabalhistas.
No desespero por uma vaga no mercado, os trabalhadores desempregados ou os que estão à procura do primeiro emprego podem acabar por aceitar esta forma de contratação precária.
Por questões legais, o empregador não pode demitir e recontratar o mesmo empregado pela carteira verde-amarela, por isso a chance de troca de trabalhadores é grande, de acordo com especialistas na matéria do UOL.
Este é o governo dos empresários! Daqui a pouco o regime trabalhista duramente conquistado com muito suor, luta e protestos vai beirar à escravidão.
Diga não à carteira verde-amarela! Diga não à privatização do saneamento!