Não houve qualquer proposta ou avanço na rodada de negociação entre o Sintaema e a Sabesp no dia 10 de maio. A empresa limitou-se a apresentar três pontos: a obra do Sistema Produtor São Lourenço, o impacto da coparticipação no plano pleno da Sabesprev e a retirada do convênio farmácia e Supermercado, que estará vigente até novembro deste ano.
O Sistema Produtor São Lourenço, que será nos moldes de PPP- Parceria Pública Privada, tem por objetivo aumentar a produção de água em 4,7m cúbicos por segundo na entrega da obra e 6,4m cúbicos por segundo futuramente para o abastecimento de alguns municípios da RMSP, como Carapicuíba, Itapevi, Santana do Parnaíba e outros da região. As obras foram iniciadas em setembro de 2014 e têm previsão de término até abril de 2018. O sistema vai captar água de uma represa de Ibiúna e terá interligação com os sistemas Cotia, Baixo Cotia e Cantareira.
Sobre a coparticipação nas consultas no plano de saúde da Sabesprev a empresa não apresentou nenhuma proposta, apenas mostrou que de setembro de 2015 a abril de 2016 houve uma diminuição no uso do plano, e que das 36.727 mil ocorrências deste período, 98% impactaram apenas em 10% sobre o salário-base dos trabalhadores que tiveram que pagar a coparticipação.
Representantes do Sintaema contestaram os números e mostraram holerites de trabalhadores em que os descontos chegam a 40% dos salários e até holerites zerados.
“Do jeito que está não pode ficar. Somos contra a coparticipação, mas enquanto esta modalidade perdurar a Sabesp precisa criar mecanismos para que não se desconte da forma como está sendo feito agora. Talvez dividir em parcelas, ou outra ferramenta que não prejudique tanto o trabalhador”, disse o presidente do Sintaema, Rene Vicente. “Muitos companheiros e companheiros estão deixando de ir ao médico porque não aguentam tantos descontos no fim do mês. Queremos propostas, mecanismos para que os que precisam usar o plano com mais frequência não tenham prejuízos”, concluiu.
Por último, a empresa confirmou que o cartão do Convênio Farmácia e Supermercado, que funciona como uma espécie de cartão de crédito para compra de alimentos e remédios em redes credenciadas e que depois é descontado em folha de pagamento será encerrado em novembro deste ano.
A Sabesp alegou que esse cartão deixou de ser atrativo diante dos cartões de créditos que existem no mercado e pelas próprias vantagens que as redes de supermercados e farmácias oferecem atualmente com cartões próprios, nos quais os clientes acumulam pontos, têm descontos e parcelam em várias vezes o pagamento.
De acordo com a empresa, o número de trabalhadores que usam esse cartão na empresa vem caindo anualmente, e que no momento apenas 20% do conjunto de trabalhadores usa o cartão.
A próxima rodada será em 12 de maio, data em que esperamos que a Sabesp apresente algo significativo aos sindicatos, visto que nessa o avanço foi zero. Juntos na luta!
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