E meio a crises, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro vem caindo, conforme pesquisa nacional do Datafolha publicado no jornal Folha de São Paulo de hoje (2).
Em menos de dois meses a reprovação do governo subiu de 33% para 38%, esse percentual refere-se aos que avaliam o governo como ruim ou péssimo, superando os que o consideram ótimo ou bom.
Isto mostra a diferença das pesquisas de julho e abril, quando o resultado da avaliação estava dividido em três partes iguais (ótimo ou bom, ruim ou péssimo e regular).
De acordo com a matéria, de dois meses para cá houve a aprovação da reforma da previdência na Câmara e uma sucessão de polêmicas, como a que envolveu o pai do presidente da OAB, quando Bolsonaro sugeriu que ele havia sido morto por colegas da luta armada, a indicação do próprio filho à embaixada americana, as críticas aos governadores do Nordeste (região em que o índice de rejeição ao presidente subiu de 41% para 52% de julho para cá).
Até mesmo na região Sul, considerada tradicionalmente uma área “bolsonarista”, houve um aumento de 25% para 31% entre os que avaliam o governo como ruim ou péssimo.
Ainda nos últimos dois meses o presidente extinguiu o Coaf, uma medida que foi vista como tentativa de coibir investigações sobre seu filho Flávio, senador pelo PSL-RJ, segundo a matéria do jornal.
A crise internacional devido ao desmatamento e queimadas na Amazônia, a demissão do diretor do INPE por discordar do presidente na questão dos números dos desmates e a briga com o presidente francês também aconteceram durante os últimos dois meses.
Há outros indicativos para os resultados, como o comportamento do presidente que destoa da exigência do cargo e a falta de confiança de muitos no que ele fala.
Entre os mais ricos o presidente Bolsonaro também perdeu apoio, caiu de 52% em julho para 37% agora.
Em resumo, a pesquisa mostra que Bolsonaro continua sendo o presidente eleito mais mal avaliado em um primeiro mandato, considerando FHC, Lula e Dilma.