O Sintaema já alertava: a prática de plantões em fins de semana, concedidos em dias de folga, comprometeria a execução e a qualidade dos serviços à população. Mas, ignorando o alerta, os gerentes da OTML garantiram que esse formato não traria prejuízos. Dois meses depois, a realidade mostra o contrário — e quem paga a conta é o povo.
A denúncia agora vem da cidade de Lins, no interior de São Paulo, onde a nova lógica de gestão da Sabesp, cada vez mais privatista e voltada ao lucro, está escancarando os efeitos do desmonte: água suja, com cor e odor alterados, chega às torneiras das casas, expondo a população a riscos graves à saúde pública.
Enquanto isso, cresce o número de terceirizações sem controle, sem fiscalização e sem responsabilidade, comprometendo o serviço e precarizando o conhecimento técnico acumulado.
A empresa se desfaz de parte do seu corpo técnico e desvaloriza os que permanecem. O resultado é a perda de qualidade no atendimento, na manutenção e na entrega de um serviço essencial como o saneamento. A única coisa que avança é a terceirização precarizada — um caminho que retira direitos, destrói a dignidade no trabalho e agrava a crise no setor.
Essa é a cara da privatização: menos transparência, menos compromisso com a população e mais exploração. É isso que querem ampliar com a entrega da Sabesp.
O Sintaema seguirá firme na luta por contratações urgentes, valorização dos trabalhadores, fiscalização das terceirizadas e defesa do saneamento como direito do povo — não como mercadoria.
📢 Basta de desmonte! Água é vida, não é fonte de lucro!