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A nova Sabesp e a precarização do trabalho e da vida

O Sintaema recebeu um vídeo que escancara a dura realidade imposta pela privatização da Sabesp: trabalhadores expostos a condições precárias e inseguras, sob pressão por metas abusivas, e a população vulnerável que sofre com o corte de um serviço essencial.

A gravação revela o que a gestão privada tenta esconder — a precarização do trabalho e a desumanização do atendimento, resultado direto da lógica do lucro acima da vida.

O vídeo acima expõe uma cena que não é isolada — ela revela o resultado concreto da gestão privatizada da Sabesp, que precariza o trabalho, desprotege os profissionais e piora o atendimento à população.

Insegurança, assédio e pressão

Os novos “sabespianos” contratados pela empresa privada vivem uma rotina de insegurança, assédio e pressão por metas. São obrigados a realizar cortes de ligação, atuar como cobradores de porta em porta e circular de motocicleta pelas ruas — tudo isso com a máquina de cartão em mãos, sem garantias mínimas de proteção.

Além do trânsito caótico de São Paulo, enfrentam o medo constante de agressões, assaltos, ameaças e acidentes, que colocam em risco sua integridade física e mental. A empresa impõe metas diárias abusivas e ignora as condições precárias de trabalho, gerando adoecimento físico e psicológico entre os trabalhadores e suas famílias.

Em diversas unidades, o assédio moral é explícito: líderes obrigam os trabalhadores e trabalhadoras a irem às ruas sem equipamentos de proteção adequados, como antenas de segurança ou capas de chuva, e até mesmo com motos em mau estado mecânico.

Adicional de periculosidade

Esses profissionais deveriam receber adicional de periculosidade, previsto por portaria específica, mas a nova gestão da Sabesp se nega até mesmo a reconhecer esse direito básico — um sinal claro do desprezo pela vida e pela dignidade da categoria.

A privatização da Sabesp não trouxe eficiência, nem melhoria no serviço: trouxe mais exploração, mais riscos e menos respeito.

Quem perde são os trabalhadores, que enfrentam jornadas desumanas, e a população, que paga mais caro por um serviço cada vez pior.

O Sintaema se soma à luta desses trabalhadores e trabalhadoras. Seguiremos firmes na defesa do saneamento público, da dignidade e da vida de quem faz a água chegar às torneiras do povo.