No último dia 18 a CETESB fez uma apresentação do resumo do novo Plano de Carreira por ela elaborado. É importante frisar que essa apresentação ocorre com bastante atraso e com um resultado que não foi discutido com o sindicato e nem com as trabalhadoras e trabalhadores antes de ser dado como “pronto” pela empresa. Cabe ainda destacar que o plano precisa ser encaminhado pela empresa e aprovado pelo governo antes de ser implementado.
Foram apresentados pontos relevantes no novo Plano, alguns deles ecoando demandas históricas da categoria, como:
* A desvinculação da evolução da carreira técnica da gerencial, eliminando as distorções que vinham se acumulando;
* Aceleração da progressão no início da carreira para que analistas de nível universitário alcancem o “Piso Lei”;
* Possibilidade de evolução horizontal e vertical a cada ano;
* Ampliação de níveis para técnicos e universitários;
* Criação de níveis para carreiras operacionais.
Apesar desses avanços, o sindicato expressa profunda preocupação com dois elementos que comprometem uma carreira efetiva para as trabalhadoras e trabalhadores da CETESB:
1. A dependência anual de aprovação pelo CPS (Comitê de Política Salarial), o que pode transformar o Plano em mera ilusão – um documento no papel, mas sem execução prática, com pretextos como “falta de recursos” travando evoluções por anos. Chega de planos ilusórios!
2. O peso desproporcional da avaliação gerencial (indicação pelo chefe imediato para os comitês e decisões colegiadas gerenciais), em detrimento de critérios objetivos como tempo de casa e formação acadêmica. Nas tabelas, pontos gerenciais podem somar até 1.600, enquanto tempo e formação mal chegam a 300 juntos – uma disparidade grave que submete a evolução a subjetividades, abrindo espaço para assédio e perseguições.
Durante a apresentação, o sindicato levantou questionamentos essenciais, infelizmente sem respostas da empresa:
* Inclusão obrigatória de representante dos trabalhadores nos Comitês de avaliação, garantindo transparência mínima;
* Mecanismo que assegure evolução anual, tornando o Plano real e não uma fantasia desmotivadora;
* Homologação do Plano na DRT (Delegacia Regional do Trabalho) do Ministério do Trabalho;
* Instância de recurso com participação de representantes da categoria para contestar injustiças gerenciais;
* Divulgação imediata do texto integral do Plano, para debate amplo entre as trabalhadoras e trabalhadores.
O sindicato e a categoria exigem um Plano que funcione todos os anos, corrija distorções e priorize critérios objetivos, blindando contra interferências pessoais entre gerência e funcionários.
Para avançar nessa luta, o sindicato convocará, no próximo mês, uma REUNIÃO ABERTA a toda a categoria para analisar a proposta da CETESB. Fique ligado para data e local – novas informações em breve!
Sindicato na luta pela valorização real das trabalhadoras e trabalhadores da CETESB!







