O Sintaema esteve nas ruas neste domingo (16), ao lado da CTB e de milhares de lutadores e lutadoras do povo, reafirmando seu compromisso histórico com a defesa do meio ambiente, da água, da vida e do clima. Participamos da Marcha Global pelo Clima tanto em São Paulo (SP) quanto em Belém (PA), somando vozes à mobilização internacional que exige ações concretas e urgentes diante da crise climática.

Marcha em Belém
Em Belém, a Marcha Mundial pelo Clima mostrou a força do povo amazônico. Máscaras de Chico Mendes e do cacique Raoni, a alegoria do boitatá, grupos culturais, carros de som, carimbó e brega transformaram a cidade em um enorme grito coletivo. Pelo menos 70 mil pessoas percorreram 4,5 km sob um sol de 35°C, exigindo que a COP30 produza decisões reais para enfrentar a emergência climática.

Organizada pela Cúpula dos Povos e pela COP das Baixadas, a marcha reuniu movimentos de todos os continentes, povos indígenas, comunidades tradicionais e organizações sociais. As falas denunciaram ataques aos territórios, falsas soluções de mercado, a expansão dos combustíveis fósseis e defenderam a Amazônia como patrimônio dos povos que nela vivem.
Ministras Marina Silva e Sonia Guajajara participaram do ato e destacaram que a COP realizada no Brasil tem caráter popular e coloca as periferias, as águas, as florestas e os trabalhadores no centro do debate sobre transição justa.
Marcha em São Paulo
Na capital paulista, o Sintaema e a CTB marcaram presença na Marcha Global pelo Clima, que reuniu movimentos sociais, coletivos ambientais, sindicatos, cientistas, juventudes, povos indígenas e cidadãos conscientes.
A marcha denunciou a desigualdade que marca a crise climática, que recai com mais força sobre as periferias, povos tradicionais, trabalhadores e trabalhadoras. Entre as bandeiras do ato estavam:
- Pressão por políticas reais de redução de emissões
- Defesa dos territórios e da natureza
- Enfrentamento às falsas soluções do “capitalismo verde”
- Reconhecimento da Amazônia e do Cerrado como centrais no equilíbrio climático
- Combate às desigualdades que agravam os impactos ambientais
A crise climática já está presente: secas extremas, enchentes, insegurança alimentar, doenças, perda de biodiversidade e destruição de vidas e comunidades. Ir às ruas é romper o silêncio e exigir responsabilidade dos governantes e dos grandes poluidores.

Água, clima e trabalhadores na mesma luta
Para o Sintaema, defender o clima é defender a água, os trabalhadores e as trabalhadoras dos serviços essenciais. As mudanças climáticas afetam diretamente o abastecimento, a saúde, a vida urbana e o futuro do povo brasileiro.
Por isso, seguimos firmes ao lado das mobilizações sociais, dos povos da floresta, da juventude e da classe trabalhadora por:
- Justiça climática
- Transição energética justa
- Proteção dos biomas
- Defesa do serviço público de saneamento
- Direito ao território e à água
O Sintaema seguirá nas ruas, nos debates e nas mesas de negociação para garantir que a pauta climática seja tratada com seriedade e que as soluções venham dos povos — não do mercado.
Porque não existe Planeta B. E defender o clima é defender a vida.







