O Sintaema manifesta total apoio e solidariedade aos companheiros e companheiras do Rio de Janeiro que, nesta quinta (9), realizaram um grande ato em defesa da Cedae pública e contra a tentativa do governo Cláudio Castro (PL) de abrir o capital da companhia — um passo que representa, na prática, a retomada do projeto de privatização do saneamento no estado.
Segundo reportagem do BDF Rio de Janeiro, mais de duas mil pessoas ocuparam as ruas em frente ao Palácio Guanabara, unindo trabalhadores, moradores de favelas, parlamentares e movimentos sociais em uma só voz: água é um bem comum, e não pode ser entregue ao lucro privado.
A mobilização denuncia os nefastos efeitos desde a venda da empresa em 2021, quando a distribuição de água foi privatizada com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro. De lá pra cá, multiplicaram-se as falhas no abastecimento, os aumentos abusivos nas tarifas e a precarização dos serviços, atingindo principalmente as comunidades mais pobres.
Agora, o governo Castro tenta repetir a farsa, travestindo de “abertura de capital” o que é, na essência, uma nova privatização, que ameaça a soberania hídrica e entrega um patrimônio estratégico do povo do Rio aos interesses do mercado financeiro.
A experiência do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e de outros estados mostra o mesmo roteiro: privatização, aumento de tarifas, queda na qualidade e concentração de poder nas mãos de grupos econômicos. Em todos os casos, a promessa de eficiência esconde o verdadeiro objetivo: transformar a água em ativo financeiro, submeter a política pública à lógica do lucro e afastar o povo das decisões sobre o próprio futuro.
O Sintaema se une a essa luta porque sabe que a defesa do saneamento público é também defesa da democracia, da transparência e da vida.
Seguiremos lado a lado com os companheiros e companheiras do Sintsama-RJ e das demais entidades que resistem.
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Água não é mercadoria. Água é direito humano. A luta do Rio é a luta de todos nós.
