
A crise ambiental que enfrentamos hoje exige respostas urgentes — e sobretudo, responsáveis. A recente pesquisa desenvolvida pela USP em Ribeirão Preto, que conseguiu eliminar até 92% dos resíduos plásticos presentes na água em apenas duas horas, é um passo importante na direção de um futuro mais limpo e sustentável.
O novo método, que combina processos eletroquímicos e enzimáticos, mostra que é possível unir ciência, tecnologia e compromisso ambiental para enfrentar os desafios deixados pelo uso desenfreado de materiais como o bisfenol A (BPA) — substância tóxica associada ao câncer, à obesidade e a outras doenças crônicas.
Mas inovação científica sozinha não basta. É fundamental que essa transição para novas tecnologias de tratamento e purificação da água seja segura, inclusiva e socialmente orientada, garantindo que o acesso à água limpa e ao saneamento de qualidade seja um direito de todos e todas, não um privilégio.
O Sintaema há 50 anos atua na linha de frente dessa luta — denunciando os impactos da privatização, defendendo a gestão pública da água e o investimento em pesquisa e inovação que tenham como foco a vida, a saúde e o meio ambiente. Nossa história se confunde com a luta em defesa dos rios, das florestas e das reservas naturais do estado de São Paulo, constantemente ameaçadas pela especulação imobiliária e por governos que colocam o lucro acima do bem comum.
Frente aos novos desafios ambientais, reafirmamos nosso compromisso com uma transição ecológica justa, que una trabalhadores, universidades, governos e sociedade civil na busca por soluções que aliem tecnologia, sustentabilidade e justiça social.
Porque proteger a água é proteger o futuro.
E o futuro se constrói com luta, ciência e consciência.
— Sintaema – Em defesa da vida, do meio ambiente e dos direitos de quem cuida da água 💧
Com informações do Portal da USP