Mais uma vez, o descaso com o meio ambiente e com o direito à água escancara o que está por trás do projeto privatista em São Paulo: só o lucro importa.
Nesta semana, a Subprefeitura da Lapa, sob a gestão de Ricardo Nunes, destruiu a Torneira da Travessa Roque Adóglio, na Vila Anglo Brasileira — uma das poucas torneiras públicas de água limpa de nascente da cidade, construída pela própria comunidade.
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O ponto garantia acesso à água, higiene e alimento, especialmente para pessoas em situação de rua e famílias em alta vulnerabilidade.
A destruição da torneira ameaça também o Lago da Travessa, habitat de peixes e símbolo de resistência ambiental em plena zona urbana. O motivo? Pressão de um condomínio de classe média, que já havia denunciado o espaço em 2021, alegando “uso indevido” da água.
O Sintaema denuncia: é essa a face da privatização — o que era público e coletivo se torna mercadoria, e o que era cuidado comunitário se transforma em “problema” para os que só enxergam valor em cifras.
Em plena crise climática, destruir uma nascente é um crime contra a cidade e contra o povo.
O Sintaema se soma à mobilização popular da Vila Anglo Brasileira e reforça: água é direito, não privilégio.