Um grave acidente ocorreu em Pindamonhangaba no dia 13 de setembro. Um trabalhador da manutenção mecânica da Sabesp teve seu dedo decepado após a queda de uma bomba durante o serviço. O motivo? A ausência de ferramentas adequadas para a execução do trabalho. O caminhão utilizado não possuía o ferramentário necessário para suspender o equipamento em segurança.
Mesmo diante da gravidade da ocorrência, a postura da Sabesp privatizada foi de total desrespeito. Além de atrasar a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) — que só foi feita na quarta-feira (16), em clara violação à legislação, que exige o registro até o primeiro dia útil seguinte — a empresa ainda submeteu o trabalhador, em recuperação e com afastamento médico, a uma consulta com um médico terceirizado.
Durante o atendimento, o profissional agiu com pressão e insinuou que a vítima poderia ter feito uso de drogas ou álcool, numa tentativa covarde de criminalizar o trabalhador e desviar o foco das condições precárias impostas pela empresa.
Para o Sintaema, este caso escancara o que temos denunciado: a Sabesp privatizada atua sistematicamente para culpar os trabalhadores, enquanto mantém situações de risco que colocam em perigo a saúde e a vida de quem garante diariamente o saneamento para a população paulista.
O resultado está aí: mais um trabalhador mutilado pela irresponsabilidade da empresa.
O Sintaema reafirma que está ao lado do companheiro, prestando apoio total neste momento de dor física e psicológica. Já estamos encaminhando denúncia ao Ministério Público do Trabalho para exigir fiscalização rigorosa e responsabilização da Sabesp pela ausência de condições mínimas de segurança no serviço.
Não aceitaremos que a lógica do lucro esteja acima da vida dos trabalhadores. Nossa luta é pela defesa da saúde, da dignidade e da integridade de todos e todas que constroem a Sabesp no dia a dia.
Chega de insegurança e precarização!