O Sintaema recebeu, nesta semana, um relato revoltado — e infelizmente cada vez mais comum — de uma moradora de Suzano, que há quase 50 anos vive na cidade e afirma nunca ter visto a água chegar tão suja e imprópria para consumo como agora, após a privatização da Sabesp.
Segundo a moradora, a água fornecida nos últimos dias apresentou cor escura, mau cheiro e resíduos, provocando desarranjo intestinal em familiares, irritação na pele e até a impossibilidade de lavar roupas. “A vida toda a água foi limpa. Nunca houve esse descaso com o produto mais importante para a saúde humana”, desabafou.
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Revoltado, ele questiona o que todo paulista deveria estar perguntando hoje:
“Quem vai pagar pela água que não pude usar? Como vamos consumir isso? Desde que privatizaram, a água não é mais confiável”, afirma ela.
A situação, que ela compara ao grave episódio ocorrido no Rio de Janeiro anos atrás, expõe o desastre em curso na gestão privada da Sabesp. O que antes era prevenido por equipes públicas experientes, hoje se transforma em risco à saúde da população — uma consequência direta de um modelo que prioriza lucro, reduz equipes, terceiriza processos e precariza a operação.
Sintaema: a gestão privada está criando crime contra o povo de São Paulo
Para o Sintaema, o caso de Suzano é mais uma prova de que o governo Tarcísio de Freitas e a gestão privatizada vêm impondo ao povo paulista um projeto criminoso: a privatização de um serviço essencial, sem garantia de qualidade, sem transparência e sem responsabilidade sanitária.
Água suja nas torneiras, falta de resposta à população, desmonte das equipes técnicas, terceirizações descontroladas e riscos crescentes à saúde: esse é o resultado de entregar um bem público à lógica do lucro.
A Sabesp pode até tentar justificar como “efeito de obras”, mas a população sabe a verdade: nunca foi assim quando havia gestão pública competente, com trabalhadores valorizados e focados no atendimento à população.
O Sintaema seguirá denunciando e cobrando
O Sindicato reforça sua solidariedade à moradora e a todas as famílias afetadas. O Sintaema seguirá:
- denunciando o desmonte,
- cobrando providências imediatas,
- defendendo a saúde pública,
- e lutando pelo direito do povo paulista à água limpa e segura.
Privatização não é modernização.
Privatização é abandono.
Privatização é risco.
A luta continua — pelo povo, pela água, pela vida.








