As negociações em Genebra, promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação de um tratado global vinculante contra a poluição plástica, terminaram nesta sexta (15) sem acordo. O impasse reflete a profunda divisão entre países que defendem limites legais à produção de plásticos e aqueles que insistem em medidas voluntárias centradas apenas em reciclagem e gestão de resíduos.
O rascunho de acordo apresentado foi rejeitado por cerca de 80 países, que o consideraram frágil, pouco ambicioso e incapaz de responder à gravidade da crise ambiental. Enquanto isso, a pressão dos países produtores de petróleo, como Estados Unidos e Arábia Saudita, em aliança com as indústrias petroquímicas, bloqueou propostas de metas de redução da produção e de restrições ao uso de substâncias tóxicas.
Estudos científicos já comprovaram os impactos alarmantes do plástico na saúde humana e no meio ambiente. Pesquisa publicada pela revista The Lancet estima em £1,1 trilhão por ano os danos globais causados, atingindo de forma ainda mais grave as crianças.
Sintaema em defesa do meio ambiente
Para o movimento sindical, a luta contra a poluição plástica também é parte da defesa da vida e do trabalho digno. O Sintaema reafirma que não existe justiça social sem justiça ambiental: combater a lógica predatória das indústrias poluidoras é essencial para garantir água limpa, ar puro e condições dignas de sobrevivência para as atuais e futuras gerações.
O Brasil, que tem a maior biodiversidade do planeta e, para o Sintaema, o país precisa estar na linha de frente dessa luta, e não se alinhar a interesses econômicos que colocam em risco o futuro da humanidade.
O Sintaema segue em luta pela defesa de um projeto sustentável, porque defender o meio ambiente é também defender os trabalhadores e trabalhadoras, a saúde pública e o direito a um planeta sustentável.
