Neste 8 de Março, milhares de mulheres e homens ocuparão as ruas do Brasil e do mundo para reafirmar a luta contra a violência que mata e silencia, contra a precarização do trabalho, a desigualdade salarial e a carestia que sufoca o povo trabalhador. Nossa batalha é por uma sociedade justa e igualitária, onde a vida esteja acima do lucro.
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A história prova que as mulheres nunca se calaram. Da resistência contra a escravidão à conquista do voto, da luta contra a ditadura e a carestia à mobilização pela redemocratização e a Constituição Cidadã, da batalha contra as privatizações à derrota do governo fascista de Bolsonaro. As mulheres sempre desafiaram a submissão imposta pelo sistema e estiveram na linha de frente das lutas populares, enfrentando o machismo estrutural e as violências do capitalismo.
Nos anos 1970, foram as mulheres das periferias de São Paulo que lideraram o Movimento Contra a Carestia, denunciando o custo de vida insustentável e exigindo do Estado políticas que garantissem moradia, emprego e salários dignos. Elas seguiram em luta e conquistaram a Lei Maria da Penha, um marco no combate à violência doméstica, e a Lei das Trabalhadoras Domésticas, garantindo direitos históricos às que sempre foram exploradas e invisibilizadas.
Foi também a força das mulheres que ergueu as maiores manifestações de resistência ao bolsonarismo, com o movimento #EleNão, que sacudiu o país contra o avanço do autoritarismo e do ódio. Durante a pandemia, foram elas que enfrentaram o negacionismo, garantiram vacina no braço e comida no prato, reeditando a luta contra a fome e a carestia iniciada décadas antes. E foram as mulheres que ajudaram a derrotar o governo da fome e da destruição e abriram caminho para a reconstrução do Brasil.
Mas a luta segue! O ataque à vida das mulheres se materializa nos juros abusivos que impedem o desenvolvimento, na precarização do trabalho, na privatização dos serviços essenciais, como a água e o saneamento, e na destruição ambiental promovida pelo capital. A entrega da Sabesp à iniciativa privada representa um golpe contra a população trabalhadora, tornando a água uma mercadoria e aprofundando a desigualdade social. A crise climática, impulsionada por políticas predatórias, agrava ainda mais a vulnerabilidade das mulheres, especialmente as mais pobres e periféricas.
Além disso, seguimos em luta por redução da jornada de trabalho sem redução de salário, por trabalho igual, salário igual, pelo fortalecimento do SUS e por políticas que garantam emprego e renda dignos para todas e todos. Não aceitaremos retrocessos!
Por isso, neste 8 de Março, o Sintaema estará mais uma vez ao lado das mulheres trabalhadoras, levantando a bandeira da reestatização da Sabesp, contra a mercantilização da água, contra a carestia e a precarização do trabalho, e por um país onde a vida e a dignidade estejam acima do lucro!
Não fique de fora! Neste sábado (8), mulheres ocupam a Avenida Paulista a partir das 14h. Vamos juntas e juntos mostrar que essa luta não tem volta!
Sintaema, juntos na luta pela vida das mulheres, por empregos dignos e pela soberania popular!