Queimadas | Fundação Florestal fecha 80 parques e unidades de conservação

Com o objetivo de garantir a segurança da população, a Fundação Florestal (FF) anunciou, neste domingo (1º/9) o fechamento temporário de 80 parques e unidades de conservação, em resposta ao risco crescente de incêndios florestais.

Segundo o informe, as unidades ficarão fechadas até pelo menos o próximo dia 12 de setembro, com possibilidade de extensão caso as condições climáticas adversas persistam.

“Os trabalhadores e trabalhadoras da Fundação Florestal está prestando um serviço de grande importância nestes momento de crise. E, mesmo com um quadro defictario e sem condições de trabalho, concentram seus esforços em ações de prevenção, monitoramento, apoio às comunidades vizinhas e combate aos incêndios durante este período crítico”, destaca a direção do Sintaema frisar o papel esses desses homens e mulheres neste momento de crise ambiental.

Incêndios ativos

Hoje, de acordo com a Defesa Civil de São Paulo, 48 municípios estão em alerta máximo para risco de incêndios. Informe da FF, divulgado nesta segunda (2), indicam que foram registrados quatro focos ativos de incêndio em São Paulo.

A Fundação indica que Dois Córregos, Pedregulho, São Simão e Jardinópolis estão entre as cidades atingidas. O município de Altinópolis também enfrentou um foco ativo por volta das 5h30, que foi controlado por volta das 8h desta segunda.

Crise climática e ausência de uma política ambiental sustentável

A culpa não é apenas de clima. O estado de São Paulo enfrenta uma combinação de fatores que aumentam o risco de incêndios florestais. As regiões de Andradina, Araçatuba, Bauru e Jaú, por exemplo, registram temperaturas elevadas, chegando a 35ºC, juntamente com baixa umidade relativa do ar abaixo de 20% e ventos fortes de até 60 km/h.

Mas alinhado a isso, o estado sofre sem uma política ambiental que dê conta dos desafios que São Paulo precisa enfrentar. “Não podemos perder de vista o projeto liderado por Tarcísio de Freitas, a começar pelo projeto dele de transformar a secretaria de Meio Ambiente na super secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL). Só isso já revela que a política ambiental que está no centro do projeto do governo estadual não é de preservação sustentável”, lembra a direção do Sindicato. 

Ao longo de 30 anos – com as gestões tucanas e agora com Tarcísio – o setor de política ambiental sofreu com o desmonte, cortes de recursos, sucateamento e precarização do trabalho. “Entre os retrocessos sofridos em nosso estado, destacamos: aumento vertiginoso do desmatamento em prol da especulação imobiliária; a ameaça de privatização dos parques estaduais; retrocessos na legislação ambiental; privatização da Sabesp; abandono da Política Nacional de Resíduos Sólidos; extinção e órgãos de pesquisa e estudo para o meio ambiente; asfixia profissional no Estado, com o quadro deficitario de trabalhadores para a área do Meio Ambiente na ordem de cerca de 80%. Esse é o cenário que enfrentamos e com a crise climática – problemática mundial – os danos são potencializados”, lista a direção do Sindicato.

Para o Sintaema, a luta para prevenir os incêndios naturais e fiscalizar as áreas contra os incêndios criminosos passa pela realização urgente de novos concursos para a Fundação, maior valorização do quadro de trabalhadores e trabalhadoras e o fortalecimento de uma política ambiental sustentável que garanta emprego e renda.

Sintaema, unidade e  muita luta!