“A decisão de privatizar a Sabesp ela é ideológica. Tarcísio de Freitas age para favorecer seus parceiros e prejudicar a população. Essa privatização é crime e já comprovamos isso com números e dados concretos”, destacou José Faggian, presidente do Sintaema, em audiência pública na Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente que debate PL 163/2024, de autoria de Ricardo Nunes e que privatiza a maior empresa de saneamento da América Latina.
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Ainda durante a sua fala, Faggian classificou como show de horrores o processo de audiência e de votação nesta quarta (17), na Câmara de Vereadores de São Paulo. “Um verdadeiro show de horrores. Além do resultado da votação que viola um direito fundamental da população de São Paulo, em especial da mais vulnerável, testemunhamos a truculência contra os trabalhadores e a desigualdade de tratamento. Enquanto um sindicalista negro foi tratado a pontapés, um outro participante branco provocou os presentes que se posicionavam contra a privatização, com aquele modus operandi que irrita todo mundo, nada ocorreu contra ele”, denunciou.
O presidente do Sintaema ainda reforçou que todos os argumentos foram apresentados sobre os impactos negativos da privatização da Sabesp. “Mostramos como a privatização da energia foi um péssimo negócio, a Enel tá aí pra comprovar; mostramos que a Sabesp não tira dinheiro do Estado, pelo contrário, ela contribuiu com investimentos; e listamos todas as consequências que virão junto com a privatização”, enumerou.
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Ao final, Faggian voltou a defender que a privatização não tem outro objetivo senão “privilegiar um grupo pequeno dos donos do capital, que vão comprar nosso patrimônio e vão ter lucro bilionário. Ou seja, é privilegiar esse pessoal que vai pegar uma empresa eficiente, sólida, e ganhar dinheiro em cima disso”.
Mobilização e unidade
A direção do Sintaema reafirma que a unidade e mobilização serão fundamentais nesta etapa da luta e destaca que o Sindicato seguirá firme na pressão juntos aos vereadores e vereadoras, em especial em seus redutos eleitorais. “Precisamos denunciar o crime que é a privatização e o descompromisso de parte dos vereadores de São Paulo com a população, sobretudo com a que mais precisa”.
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Apesar da aprovação, o sindicato orienta toda a sua base, bem como o conjunto da população, a participar do processo de audiências. “Espaço fundamental de denúncia e de pressão”.
Confira o calendário das audiências:
20/4 – Sábado, 9h
Local: CEU Parelheiros
Rua José Pedro Borba, 20 – Jardim Novo Parelheiros
22/4 – Segunda-feira, 11h
Local: Salão Nobre (8º andar), na Câmara Municipal de São Paulo
24/4 – Quarta-feira, 11h
Local: Câmara Municipal de São Paulo
27/4 – Sábado, 9h
Local: CEU Guarapiranga
Estrada da Baronesa, 1120 – Parque Bologne
Juntos na luta contra a privatização!