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Emicida é homenageado na Alesp e critica aprovação do PL da privatização da Sabesp

O rapper Emicida recebeu nesta segunda-feira (18) na Alesp o Colar de Honra ao Mérito Legislativo. Durante o pronunciamento na tribuna, Emicida afirmou que o projeto de privatização da Sabesp “foi empurrado goela abaixo”. Ele também criticou a violência policial contra os manifestantes que eram contrários à aprovação do PL.

A indicação de Emicida à iniciativa foi feita pela Bancada Feminista do PSOL. O Colar de Honra ao Mérito Legislativo faz homenagem a personalidades que possuam relevância cultural, política e econômica no estado.

O artista agradeceu aos presentes afirmando esperar que “as energias desta noite transcendam esse palco e ocupem as ruas”. Neste momento, ele ressaltou que a Alesp também foi “o palco de imagens muito feias”. Emicida se referiu ao campo de guerra que se tornou a Alesp no dia 6 de dezembro, quando a Polícia Militar espancou manifestantes contrários à privatização da Sabesp usando cassetetes e gás lacrimogêneo.

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“Não tivemos sequer a oportunidade de dizer a nossa opinião de como vai ser conduzida a questão da Sabesp, a questão do metrô, mas precisamos ser consultados. É pra isso que essa casa serve: Pra cuidar da população de são Paulo”, disse Emicida.

Ele lembrou que conheceu a Alesp pela primeira quando era criança em uma visita escolar. Disse que como um garoto pobre sonhava com um café da manhã da Xuxa até conhecer o café da manhã da Alesp. “São homens e mulheres que às vezes são invisíveis, mas que constroem em nós a capacidade de acreditar como a tiazinha que me deu suco de laranja há 30 anos atrás”.

Emicida disse que o episódio violento, no dia da aprovação do PL da privatização da Sabesp, afasta São Paulo de um projeto voltado para incluir o povo para ter acesso às riquezas produzidas no estado. “São Paulo não pode ser sequestrada por essa noção equivocada de projeto, A gente precisa criar um estado em que as pessoas sintam que elas são gente e são parte desta grandiosidade do estado de São Paulo”.

“E quanto a gente pensa no que aconteceu aqui como gás lacrimogêneo nos manifestantes. Essa forma escusa de se passar projetos que a população não apoia mostra que a gente está indo na contramão do tipo de coisa que a gente precisa”, completou.