O presidente do Sintaema, José Faggian, defendeu na quinta-feira (30) o direito dos trabalhadores (as) à greve durante reunião na Comissão Especial da Câmara Municipal de São Paulo. “Imoral é entregar dinheiro público para a iniciativa privada”, respondeu Faggian ao ser perguntado se a greve não era imoral pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil).
“Imoral é vender uma empresa como a Sabesp que é um patrimônio do povo paulista, lucrativa pra pegar o dinheiro dessa venda e garantir o lucro privado. Como é feito nas linhas privadas do metrô. O trabalhador foi às ruas lutar pelo seu direito de ter melhor condição de trabalho e não foi apenas uma luta corporativa. O transtorno à população foi causado pela intransigência do governador”, ressaltou Faggian.
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Os metroviários fizeram a proposta ao governador de que liberasse as catracas da maneira como aconteceu durante o Enem nos dias 5 e 12 de novembro, mas a proposta foi recusada.
“A população precisa saber o que acontece nas linhas privadas do metrô que transportam ¼ dos passageiros e recebem 2/3 dos recursos. Isso é imoral. É entregar uma empresa lucrativa como a Sabesp que hoje dá 500 milhões de reais por ano para os cofres do Estado e inverter essa equação. Fazer com que o Estado passe com dinheiro público a subsidiar o lucro da iniciativa privada”, criticou Faggian.