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Sabesp: Sintaema contesta privatização em Comissão na Câmara de São Paulo

O presidente do Sintaema, José Faggian, participou nesta quinta-feira (30) de reunião na Câmara Municipal de São Paulo promovida pela Comissão Especial que estuda os impactos da privatização da Sabesp para a capital. Faggian reiterou que os trabalhadores (as) são contrários (as) à privatização da Sabesp e afirmou que argumentos do governo não se sustentam.

Um das perguntas feitas ao dirigente pelos vereadores foi sobre a antecipação da universalizaçao que, segundo o governador Tarcísio, será uma das vantagens da privatização. “Se pegar o contrato que a cidade de São Paulo tem com a Sabesp vai ver que lá a universalização está prevista até 2029. A Sabesp pública tem mais condições de antecipar a universalização do que a Sabesp privatizada”, afirmou Faggian.

Ele lembrou que a empresa é hoje responsável por 1/3 de todo o investimento em saneamento feito no Brasil que gira em torno de 5 bilhões por ano.”Os números demonstram que a Sabesp tem toda a condição de como empresa pública e continuando assim manter os investimentos em saneamento”.

Faggian ressaltou que a Sabesp é uma empresa pública lucrativa. “No último ano deu R$ 3,12 bilhões de lucro sem falar do know how técnico que nós temos. Eu não tenho dúvidas de que na Sabesp temos hoje entre os trabalhadores pessoas que mais conhecem de saneamento no mundo”, disse o presidente do Sintaema.

Por conta dessa especialização dos quadros a Sabesp oferece um serviço de excelência para o Estado de São Paulo. “Eu posso garantir a essa comissão que a água que a Sabesp trata e distribui para a cidade de São Paulo e para o Estado está dentro dos padrões da OMS. Somos fiscalizados pela Arsesp e atendemos a todos os parâmetros que são exigidos, então a água é totalmente segura”, completou Faggian.

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Na opinião do dirigente, a luta dos trabalhadores (as) é para evitar a privatização da Sabesp e revalorizar a empresa que vive um contexto de PDI. “A Sabesp precisa ter concurso público para ter mais profissionais de mão de obra própria porque esses profissionais têm um compromisso e uma qualificação diferente. Hoje a Sabesp presta um serviço de qualidade e com mão de obra própria vai prestar um serviço melhor ainda”, defendeu.

A comissão de estudos dos impactos da Sabesp na cidade de São Paulo se soma a um grande frente nos legislativos responsável por promover  o debate para que os parlamentares e a sociedade compreendam as consequências da privatização da empresa que é a terceira maior empresa de saneamento do mundo.

“O Sintaema esteve várias vezes na Câmara subsidiando a comissão com estudos e também neste dia participando da reunião ordinária. O debate é fundamental para que a população possa entender que o que está em jogo é um serviço que tem interface com a saúde das pessoas e com o direito ao saneamento, à água, que é um direito humano e não pode ser transformado em mercadoria”, concluiu Faggian.

Fotos: Caroline Beraldo