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Sintaema obtém vitória esmagadora no TRT: Por 8 a 1 é reconhecida legalidade da greve de outubro

A decisão do TRT que reconheceu como legal a greve dos trabalhadores do saneamento confirma o papel mobilizador que a paralisação cumpriu neste momento em que o governador acelera o projeto de privatização da Sabesp. “No dia 3 de outubro fizemos uma greve vitoriosa que conseguiu dialogar com a população e trazer para a sociedade os prejuízos que esse projeto de desmonte dos serviços essenciais trará para São Paulo”, declarou a direção do Sintaema.

São Sebastião

O sindicato destacou o papel fundamental dos trabalhadores que garantiram a realização da greve mesmo diante das ameaças da empresa para obstruir um direito que é garantido pela Constituição Federal. “Os trabalhadores da Sabesp realizaram a greve em todo o estado. Todas as áreas da companhia foram paralisadas sendo mantido o abastecimento de água e afastamento e tratamento de esgoto”, relembrou a direção do Sintaema.

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Guariba

“Tarcísio de Freitas não quer dialogar. Não há espaço para convencimento. Ele quer transformar tudo o que pode em mercadoria e lucro. A greve foi uma maneira de chegar até a população e poder desmascarar os reais motivos da privatização de uma empresa lucrativa como a Sabesp. Avaliamos que no dia 3 de outubro conseguimos espaços importantes para chegar até a população e à opinião pública em geral. Usamos para isso um direito dos trabalhadores que foi referendado pelo TRT”, completou a direção do Sintaema.

Vitória dos trabalhadores (as)

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu nesta quarta-feira (8) que a greve dos trabalhadores (as) do saneamento do dia 3 de outubro foi legal. Foram 8 votos a 1 contra o recurso do governo do Estado que pediu a abusividade da greve. Segundo a decisão, os trabalhadores que fizeram a greve têm direito a 90 dias de estabilidade. O tribunal também decidiu que se houve desconto nos salários, a Sabesp deve devolver o que foi descontado.

São José dos Campos

Os trabalhadores (as) da Sabesp que tiveram os seus dias descontados deverão ser ressarcidos pela empresa. “A decisão do TRT deixou bem claro que a Sabesp precisa devolver aos trabalhadores (as) o que foi descontado reforçando que não houve abusividade na greve da categoria”.

“As categorias que realizaram a greve exerceram um direito em nome do interesse público, do bem-estar da população que pode ser lesada no seu direito à água e ao transporte público sem ser consultada. O governador Tarcísio não quer conversar com os trabalhadores e também não se importa com a opinião do povo, que já se manifestou repudiando a privatização”.

De acordo com o Sintaema, é preciso colocar a derrota do projeto privatista do governador como tarefa prioritária dos trabalhadores, movimentos sociais e população em geral. “Precisamos ampliar a luta para que os deputados na Alesp sintam a pressão que diz não à privatização de uma empresa que é patrimônio do Estado. Que presta serviços de excelência e devolve cerca de 450 milhões aos cofres do estado. Não há justificativa para que a Sabesp seja privatizada. Precisamos estar unidos e organizados nesse embate que está sendo travado na Alesp”.

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O PL que autoriza a privatização da Sabesp foi enviado dia 17 de outubro, em regime de urgência, para a Alesp. Nesta quarta-feira (8), começou a leitura do PL no Congresso de Comissões. A leitura terá continuidade no dia 13 de novembro. O Sintaema esteve presente nesta quarta e organiza grande mobilização com diversas categorias, movimentos sociais e partidos políticos para derrotar o PL na Casa.

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