Em reunião nesta sexta (18), a direção da Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente (Fenatema), da qual o Sintaema faz parte, discutiu a elaboração da de uma carta de intenções que será entregue à equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Um dos pontos fortes da reunião foi a discussão do marco do saneamento em vigência e os retrocessos impostos por ele ao país e ao setor. “Nosso objetivo é abrir caminho para rever pontos do marco do saneamento, com vistas a fortalecer as empresas públicas e garantir que o conjunto da população não sofra com a privatização da água e do saneamento”, informou o presidente do Sintaema José Faggian.
Também foi ponto de pauta a atuação das empresas privadas que assumiram o serviço após processo de desmonte do serviço estatal em diversas regiões do país. “Os retrocessos são enormes e posicionam o Brasil na contramão do mundo. Nos últimos 10 anos mais de 200 empresas espalhadas pelo mundo – inclusive no EUA e a Europa – voltaram a ser estatais”, lembrou Faggian.
A direção da Fenatema indicou que a Carta está em processo de finalização e deverá ser lançada no início da semana que vem.
“É crucial assumir uma posição clara contra a mercantilização predadora da água. É por que os sindicatos filiados à Fenatema estão organizados e com o compromisso de apresentar uma alternativa ao projeto imposto por Jair Bolsonaro, de forma a fortalecer o setor, valorizar a categoria e garantir o acesso da população à água de qualidade e ao tratamento de esgoto”, destacou a Fenatema.
A Fenatema também sinalizou que irá realizar um seminário no primeiro trimestre de 2023 para reforçar a agenda de luta e sua atuação frente ao novo governo.